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Economia Dólar cai e fecha a R$ 5,16, após “susto” com dados do emprego nos Estados Unidos

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A moeda norte-americana apresenta ganhos de 2,79% no mês. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em queda nessa sexta-feira (6), após passar boa parte da sessão em forte alta. A moeda chegou a romper o patamar dos R$ 5,20, após dados do “payroll” (relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos) virem muito acima do esperado.

No início da tarde, porém, com a reavaliação dos números por parte dos investidores, o dólar inverteu o sinal positivo e passou a cair.

Inicialmente, a impressão era de que um número muito alto de novas vagas de trabalho impactaria diretamente na inflação do país, e poderia levar Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a manter os juros elevados por mais tempo na maior economia do mundo.

A possibilidade perdeu força porque salários de trabalhadores ficaram estáveis e a taxa de desemprego não caiu.

Com o resultado mais recente, a moeda passou a acumular altas de 2,68% na semana e no mês e queda de 2,21% no ano.

Mercados

Com os juros americanos entre 5,25% e 5,50%, maior patamar em duas décadas, todas as notícias que reforcem a possibilidade de permanência das taxas em alto patamar geram estresse no mercado.

O Fed tem sinalizado que deve mantê-los elevados até que a inflação esteja controlada e de volta à meta, de 2%. Hoje, a inflação anual está perto de 3,7%.

Acontece que, nessa sexta, a criação de vagas de emprego nos Estados Unidos aumentou em setembro e superou com força as expectativas do mercado. Foram abertas 336 mil novas vagas de empregos não-agrícolas no mês, enquanto as projeções apontavam para uma geração de 171 mil vagas. Assim, a taxa de desemprego dos EUA permaneceu em um recorde de 18 meses de 3,8%.

O aumento maior do que o esperado ocorreu devido a questões de ajuste sazonal relacionadas ao retorno dos trabalhadores da educação após as férias de verão.

A divulgação dos números causou uma reação inicial negativa para os mercados. A leitura preliminar foi a de que mais empregos colocam mais dinheiro na mão da população, cenário que continua pressionando a inflação e, consequentemente torna mais difícil a tarefa do Fed de baixar suas taxas de juros no curto prazo.

As aberturas dos dados, porém, trouxeram algum alívio. O crescimento mensal dos salários permaneceu moderado, com os ganhos médios por hora aumentando 0,2%, depois de um ganho semelhante em agosto. Nos 12 meses até setembro, os salários aumentaram 4,2%.

Os salários ainda estão crescendo mais rápido do que o ritmo de 3,5% que, segundo os economistas, é compatível com a meta de inflação de 2% do Fed, mas estão em desaceleração.

“O qualitativo do dado trouxe praticamente uma estabilidade para pontos importantes do indicador. Isso afasta a possibilidade de o Fed utilizar esse dado de forma pessimista para a tomada de decisão na próxima reunião”, diz Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital.

“E também afasta um pouco as expectativas de que teríamos uma piora de curto prazo na inflação americana, mesmo com o aumento de vagas. Isso foi muito precificado de forma antecipada e se dissipou agora”.

A especialista explica que, ao longo do dia, houve uma recuperação das bolsas com os investidores montando novas posições, aproveitando a queda dos ativos nos últimos dias com a expectativa do dado de desemprego. Após a avaliação, houve a formação de um “fluxo comprador”, que contribuiu para o retorno do preço das ações das companhias.

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