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Economia Dólar cai graças a um motivo; veja qual

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O dólar à vista fechou a sexta-feira cotado a 4,9549 reais na venda, com baixa de 1,04% .(Foto: Divulgação)

O dólar à vista emplacou na última sexta-feira uma segunda sessão consecutiva de queda ante o real, novamente influenciado pelo exterior, onde o andamento do acordo sobre o teto da dívida nos EUA e a perspectiva de que o Federal Reserve não subirá juros em seu próximo encontro conduziram a busca por ativos de maior risco.

Neste cenário, os índices de ações tinham ganhos firmes no Brasil e no exterior, enquanto a moeda norte-americana era penalizada ante boa parte das divisas de países emergentes. O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9549 reais na venda, com baixa de 1,04%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 0,61%.

Na noite anterior, o Senado dos EUA aprovou a legislação bipartidária defendida pelo presidente Joe Biden, que suspende o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo, evitando o que teria sido o primeiro calote da história do país.

O Senado votou por 63 a 36 para aprovar o projeto de lei que havia sido aprovado na quarta-feira pela Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para sanção de Biden.

A resolução do problema fiscal norte-americano deu suporte à busca por ativos de risco, penalizando o dólar nos mercados globais. Justou-se a isso a perspectiva de que o Federal Reserve, em sua próxima reunião de política monetária, tende a manter sua taxa de juros na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano.

Na tarde dessa sexta-feira, os títulos públicos dos EUA precificavam cerca de 71% de chance de manutenção dos juros e perto de 29% de probabilidade de elevação de 0,25 ponto percentual.

“O investidor está chegando ao fim de semana com um bom apetite a risco. Mais do que o acordo do teto, a expectativa de manutenção dos juros pelo Fed influenciou o câmbio”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.

Durante a manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou dados mistos sobre o mercado de trabalho, que também teve impactos nas negociações globais. A criação de empregos superou as expectativas em maio, mas houve uma moderação nos salários.

Uma das leituras foi de que esta moderação poderia facilitar a manutenção da taxa de juros pelo Fed em seu próximo encontro.

Por outro lado, o dólar ganhou força ante uma cesta de moedas no exterior justamente pelo motivo contrário: a criação de empregos maior que a esperada, o que eleva as preocupações com a inflação.

Ainda que o dólar tenha virado para o positivo ante uma cesta de moedas, a moeda norte-americana se manteve em baixa ante o real e divisas como o peso chileno, o dólar australiano e o peso mexicano.

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