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Economia Dólar caro: com receios sobre contas públicas, investidores retiram recursos do Brasil, o que enfraquece o real

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Agro pode garantir 1º semestre positivo, mas o ano deve ser fraco. (Foto: José Schafer/Emater-Ascar)

Como ocorreu em anos anteriores, os números da economia no primeiro semestre devem ser mais positivos do que os da parte final de 2025 por causa do desempenho da agropecuária. A expectativa é de que a safra de grãos seja melhor do que a de 2024, que foi afetada pela estiagem. No entanto, os juros mais altos, que encarecem o investimento para as companhias e o consumo para as famílias, e a previsão de uma expansão fiscal menor devem prejudicar a indústria e o setor de serviços, pelo lado da oferta, e o consumo das famílias e os investimentos pela ótica da demanda.

“Esperamos a desaceleração da economia por conta do impacto da alta de juros na formação bruta de capital fixo (investimento)”, afirma Felipe Salles, economista-chefe do C6 Bank. “A nossa previsão de crescimento de 2% é explicada porque acreditamos que as exportações vão continuar indo bem e temos uma perspectiva de uma boa safra.”

O mau humor dos investidores piorou depois que o governo apresentou o pacote de contenção de gastos. As medidas foram anunciadas para melhorar a credibilidade das contas públicas e garantir a sobrevivência do arcabouço fiscal, mas foram consideradas aquém do necessário.

A desconfiança subiu de patamar porque a equipe econômica apresentou, junto, um projeto de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Embora o governo tenha proposto a taxação de quem recebe mais de R$ 50 mil mensais para compensar a proposta, há uma grande preocupação com uma possível perda de arrecadação num momento em que o País precisa de um ajuste fiscal.

“Tem um problema de confiança. Nessa história toda, o mercado entendeu que o peso do (lado) político se sobressaiu”, afirma Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria. “Dado esse peso político, há um medo de o governo chegar a 2026 e fazer de tudo para garantir a reeleição. Há uma questão fiscal por trás, mas tem um problema de confiança no governo.”

Dívida

Os investidores se preocupam com o tamanho da dívida do Brasil, considerada alta para uma economia emergente. Os analistas não enxergam tão cedo um estancamento do endividamento brasileiro. Portanto, sem uma clareza do rumo das contas públicas, os investidores retiram recursos do País, levando a uma desvalorização do real em relação ao dólar.

A perda de força da política monetária pode ser explicada porque a dívida brasileira já é elevada. Ao subir a Selic, o custo da dívida aumenta, o que torna o problema fiscal ainda mais desafiador. Essa dinâmica piora a percepção de risco dos investidores, provocando desvalorização adicional do câmbio. Em 2024, o dólar subiu 27,3% e encerrou cotado a R$ 6,18. Para 2025, a previsão é de que o câmbio siga próximo desse patamar. O relatório Focus, do Banco Central, mostra uma previsão de R$ 6. (Estadão Conteúdo)

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