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Economia Dólar completa 10 dias em queda e tem maior recuo mensal em 1 ano e meio; Bolsa recua

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No ano, a divisa norte-americana recua 5,54%.

Foto: Reprodução
No ano, a divisa norte-americana recua 5,54%. (Foto: Reprodução)

O dólar emplacou a décima queda consecutiva no pregão desta sexta-feira (31) e encerrou o mês cotado a R$ 5,83, renovando o menor patamar desde novembro. Com isso, a moeda norte-americana fechou janeiro com uma queda de 5,54% – o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa Brasileira, fechou em queda de 0,61%, aos 126.135 pontos.

Investidores repercutiram a divulgação de novos dados econômicos tanto aqui quanto no exterior. As últimas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos também seguiam no radar.

Por aqui, dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicaram que a taxa de desocupação foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024.

O número representa uma queda em relação à taxa de 6,4% do terceiro trimestre. Em 2024, a taxa de desocupação média anual foi de 6,6% – nesse caso, um recuo significativo em comparação aos 7,8% registrados em 2023. Segundo o IBGE, essa é a menor taxa de ocupação anual registrada em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Já no exterior, o dia foi marcado pela divulgação do PCE, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O índice subiu 0,3% em dezembro e acumulou alta de 2,6% em 2024, em linha com as projeções do mercado financeiro.

Mercados

Nesta sexta-feira (31), o mercado brasileiro repercute os novos dados do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE. A taxa de desocupação média de 2024 foi a menor da série histórica, com 6,6%, e encerrou o ano em 6,2%.

Embora a taxa de desemprego baixa seja positiva para a população, os sinais de um mercado de trabalho ainda aquecido são observados com cautela pelos investidores. Isso porque com mais pessoas ocupadas, há uma maior quantidade de dinheiro em circulação.

Esse quadro, por sua vez, pode aumentar o consumo das famílias e gerar mais inflação — o que pressionaria o Banco Central do Brasil (BC) a dar continuidade ao aperto monetário por aqui.

Não à toa, as últimas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) continuavam na mira do mercado. Na última quarta-feira, o colegiado seguiu o planejado e decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano.

O comitê ainda sinalizou uma nova alta da taxa básica na próxima reunião, mas evitou trazer mais pistas sobre os encontros seguintes.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, disse o Copom em comunicado divulgado após a decisão de quarta-feira.

 

(AG)

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