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Economia Dólar engata 3ª queda seguida e fecha valendo R$ 5,57; Bolsa brasileira sobe

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A divisa acumula de 2,36% na semana, recuo de 1,41% no mês e alta de 14,87% no ano. (Foto: Freepik)

O dólar não conseguiu sustentar a alta vista pela manhã e encerrou a sessão dessa quinta-feira (8) em queda de 0,90% cotado a R$ 5,57, conforme investidores repercutiam os novos dados de emprego nos Estados Unidos. A divisa acumula de 2,36% na semana, recuo de 1,41% no mês e alta de 14,87% no ano.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, encerrou em alta de 0,90%, aos 128.661 pontos. Com o resultado, a Bolsa já tem alta de 2,23% na semana, avanço de 0,79% no mês e perdas de 4,12% no ano.

Na última semana, o País registrou 233 mil pedidos iniciais por seguro-desemprego, abaixo das expectativas e mostrando uma desaceleração em relação à semana anterior. Os pedidos contínuos, porém, acumulam quase 1,9 milhão, acima das projeções.

Os dados foram observados com atenção ao longo do dia e contribuíram para reduzir as preocupações dos agentes financeiros sobre uma eventual recessão econômica nos Estados Unidos. Esses temores ganharam força após o payroll, principal relatório de emprego norte-americano, ter vindo mais fraco do que o esperado na semana passada.

Mercados

O mercado de trabalho norte-americano voltou a fazer preço nos mercados nessa quinta. Segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram para 233 mil na semana encerrada em 3 de agosto.

Além de representar uma desaceleração em comparação aos 250 mil pedidos registrados nos sete dias anteriores, o resultado também veio abaixo do esperado pelo mercado, contribuindo para amenizar as preocupações dos agentes financeiros com uma eventual recessão econômica nos Estados Unidos.

Esses temores ganharam força na última sexta-feira (2), quando o payroll, um dos principais relatórios de emprego do país, reportou 114 mil vagas não agrícolas criadas em julho, bem abaixo das 175 mil vagas que eram esperadas pelo mercado financeiro.

O resultado bem mais fraco do que o previsto aumentou a perspectiva no mercado de que a maior economia do mundo pudesse estar prestes a enfrentar um período de recessão, já que os números de emprego começaram a ceder em um momento em que os juros no país continuam elevados.

Em sua última reunião, também na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve os juros norte-americanos inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas abriu a porta para um eventual corte das taxas em sua próxima reunião, em setembro.

Juros altos encarecem processos de tomada de crédito e financiamento para pessoas e empresas, o que tende a diminuir o consumo da população e frear os investimentos das companhias em seu próprio crescimento — o que pode afetar ainda mais o mercado de trabalho.

A crescente preocupação com a maior economia do mundo trouxe um derretimento dos mercados acionários de todo o mundo na última segunda-feira. Nos EUA, os principais índices acionários recuaram cerca de 3%, enquanto Europa, Ásia e Oceania seguiram a mesma tendência. No Japão, a queda foi de 12,40%.

No Japão, as ações despencaram também por conta de uma valorização do iene, a moeda oficial do país. O BC japonês elevou suas taxas de juros pela segunda vez em 17 anos.

A manobra do BC pegou investidores de surpresa. Eles se aproveitavam para pegar dinheiro emprestado a juros baixos no Japão e aplicar em outros países com taxas mais altas. A diferença de juros entre um país e outro dá um lucro garantido para a operação, chamada de “carry trade”.

Quando os juros subiram, a vantagem do “carry trade” diminui, e os investidores passaram a vender suas aplicações ao redor do mundo para quitar a dívida no Japão. Assim, o iene ganhou força contra moedas de outros países e as bolsas derreteram.

Na quarta, após os movimentos de aversão, o vice-presidente do banco central japonês Shinichi Uchida comentou que as chances de um aumento dos juros no curto prazo, acalmando as preocupações dos investidores de que um novo salto da moeda japonesa poderia novamente abalar os mercados globais.

“Como estamos observando uma forte volatilidade nos mercados financeiros nacionais e internacionais, é necessário manter os níveis atuais de afrouxamento monetário por enquanto”, disse Uchida.

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