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Economia Dólar fecha a R$ 5,76, menor cotação desde novembro

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No ano, a moeda norte-americana já tem perdas de 6,75%. (Foto: Reprodução)

O dólar emplacou o terceiro dia consecutivo de queda nessa quarta-feira (12) e fechou em R$ 5,7625, renovando o menor patamar desde novembro. A baixa da moeda veio mesmo em após o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informar uma inflação ao consumidor maior do que o esperado pelo mercado no país.

Durante um seminário sobre política monetária promovido pelo Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, falou sobre as incertezas acerca do mandato do presidente norte-americano, Donald Trump, e indicou um BC mais duro (hawkish, nos termos de mercado) em relação à Selic (taxa básica de juros).

Nesse sentido, as constantes ameaças tarifárias de Trump também seguem no radar. Isso porque, diante do aumento das tarifas sobre produtos importados, a estimativa é que os produtos norte-americanos fiquem mais caros e acabem pressionando a inflação, impossibilitando que o Fed (o banco central americano) continue o ciclo de redução das taxas básicas de juros.

Com isso, falas do presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, também ficaram sob os holofotes nessa quarta.

No Brasil, o destaque ficou com dados do setor de serviços. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços prestados no país teve uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, no segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano. No acumulado do ano, porém, o setor teve alta de 3,1%.

Com o resultado, a divisa americana acumulou: queda de 0,53% na semana; recuo de 1,28% no mês; e perdas de 6,75% no ano.

Mercados

O principal destaque na agenda econômica dessa quarta ficou com os novos dados de inflação dos Estados Unidos. Segundo informação divulgada pelo Departamento do Trabalho norte-americano, o país registrou uma alta de 0,5% em janeiro.

O resultado representa uma aceleração em comparação ao observado em dezembro (0,4%) e veio acima do esperado pelo mercado, que projetava um avanço de 0,3% no mês. O número também volta a levantar preocupações sobre o futuro dos preços e dos juros no país, principalmente em meio às constantes ameaças tarifárias de Trump.

O receio é que a imposição de tarifas aos principais parceiros comerciais dos EUA acabem encarecendo os produtos norte-americanos e pressionando a inflação do país. Esse cenário não apenas impediria o Fed de continuar a cortar as taxas de juros nos Estados Unidos, como também estende a preocupação com uma eventual alta de preços pelo mundo.

Nesta semana, por exemplo, Trump assinou um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 12 de março.

Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%.

Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que esta é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Diante de todo esse cenário, falas recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, também ficaram no radar. O banqueiro central afirmou que a tarefa do BC norte-americano de levar a inflação à meta ainda está inacabada, mas reforçou a necessidade de cautela na análise de dados.

“Estamos perto, mas não chegamos lá em relação à inflação. […] Fizemos um grande progresso, mas ainda não chegamos lá”, afirmou Powell durante audiência ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, destacando que a instituição não tem pressa na condução dos juros.

Mira

Já no mercado doméstico, as atenções ficaram voltadas para novas falas do presidente do BC, Gabriel Galípolo.

Durante evento realizado nessa quarta, o banqueiro central afirmou que é esperado que o BC seja mais agressivo ao promover elevações da Selic, e mais cauteloso em momentos de cortes de juros.

Galípolo ainda afirmou que é natural que os agentes de mercado observem os dados de atividade para monitorar os efeitos da política monetária, mas sugeriu cautela nas avaliações e destacou parcimônia por parte do BC.

“O Banco Central vai tomar o tempo necessário para ter a certeza de que os dados que estão chegando confirmam uma tendência, e não simplesmente volatilidade de dados de alta frequência”, disse, enfatizando que o nível de juros caminho para um patamar bastante elevado.

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