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Dólar fecha a R$ 6,04, menor valor em quase um mês

Dólar teve queda de 1,11% nessa quinta (9).(Foto: Freepik)

Em um dia de ajustes e de feriado parcial nos Estados Unidos, o dólar teve forte queda e fechou no menor nível em quase um mês. A Bolsa de Valores (B3) perdeu força perto do fim das negociações e ficou praticamente estável, abaixo dos 120 mil pontos.

O dólar comercial encerrou essa quinta-feira (9) vendido a R$ 6,041, com queda de R$ 0,068 (-1,11%). A cotação iniciou o dia em leve alta, influenciada pelo aumento do dólar no exterior, mas passou a cair após o fechamento do mercado norte-americano, que funcionou em horário reduzido por causa do funeral do ex-presidente Jimmy Carter.

A cotação está no menor valor desde 13 de dezembro, quando estava em R$ 6,03. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 2,25% em 2025.

Bolsa

No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. Em dia de poucos negócios, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.781 pontos, com alta de 0,13%. O indicador chegou a subir 0,44% às 14h11, mas desacelerou nas horas finais da sessão.

Com o fechamento mais cedo do mercado norte-americano, os investidores se voltaram para os fatores internos. Sem notícias relevantes para a economia no cenário doméstico, prevaleceu o ajuste de posições com os investidores vendendo dólares para embolsar lucros recentes. A valorização do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional e os juros altos no Brasil ajudaram a atrair capitais externos para o País.

Mercado

O mercado continuou monitorando as notícias que surgem em torno das novas tarifas que Donald Trump pode impor aos países exportadores nos Estados Unidos.

Depois de uma reportagem do jornal “The Washington Post” afirmar que a equipe econômica do presidente eleito estaria estudando tarifar apenas as importações em alguns setores específicos, como defesa e energia, ganhou destaque, também, a informação de que Trump está considerando declarar uma emergência econômica nacional para justificar seu tarifaço.

A medida permitirá que Trump crie um novo programa de tarifas comerciais usando a Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional, que autoriza o presidente a administrar as importações durante uma emergência nacional.

Trump prometeu impor tarifas de 10% sobre as importações globais para os EUA, juntamente com uma tarifa de 60% sobre os produtos chineses. Ele também disse que imporia uma tarifa de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas em seu primeiro dia no cargo.

A confiança das empresas aumentou desde a vitória de Trump em novembro, devido às expectativas de cortes de impostos e menos regulamentações. No entanto, há preocupações com as tarifas mais altas sobre importações e deportações em massa, que podem aumentar a inflação e prejudicar o crescimento.

O mercado reage mal à possibilidade de tarifas maiores, pois mais inflação pode obrigar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a aumentar as taxas de juros. Isso aumenta o rendimento dos títulos públicos e reduz o apetite dos investidores por investimentos mais arriscados, dando força do dólar.

Desde meados de 2024, os EUA estão em um ciclo de redução das taxas de juros. Para que os juros continuem caindo, a inflação precisa desacelerar mais. Até novembro, a inflação anual era de 2,7%, enquanto a meta do Fed é de 2%.

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