O dólar fechou em alta na sexta-feira (7), a R$ 5,79, com investidores repercutindo a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e os novos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 3,4% em 2024. O resultado representa uma aceleração em comparação ao observado em 2023 (3,2%) e foi a maior taxa anual do PIB desde 2021. Ainda assim, o número ficou abaixo das projeções do mercado financeiro, de 4,1% no ano.
O resultado reforça a perspectiva de que a economia brasileira deve continuar forte ainda no primeiro trimestre deste ano, com uma desaceleração gradual da atividade ao longo de 2025. Nesse cenário, a leitura é que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter o ciclo de altas da taxa básica de juros brasileira, a Selic.
Além disso, investidores também repercutem as medidas anunciadas na quinta-feira (6) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tentar reduzir a inflação dos alimentos.
No exterior, o destaque ficou com o relatório de emprego dos Estados Unidos conhecido como payroll. O relatório indicou que o país abriu 151 mil postos de trabalho em fevereiro, enquanto a taxa de desemprego subiur para 4,1%.
O “tarifaço” de Donald Trump também segue no radar, após o presidente dos EUA decidir adiar por mais um mês as tarifas cobradas sobre produtos importados do México e do Canadá.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em alta.
O dólar avançou 0,57%, cotado a R$ 5,7901.
Com o resultado, acumulou queda de 2,13% na semana e no mês e perdas de 6,30% no ano.
Já o Ibovespa avançou 1,36%, aos 125.035 pontos.
Com o resultado, acumulou alta de 1,82% na semana e no mês e ganho de 3,95% no ano.
Mercados
Em um dia de agenda econômica cheia, as atenções ficaram voltadas principalmente para os novos dados de atividade do Brasil e para os indicadores de emprego dos Estados Unidos.
Por aqui, o destaque fica com o PIB do Brasil, que registrou uma alta de 3,4% em 2024. O número veio abaixo do esperado pelos analistas do mercado financeiro (4,1%), mas ainda representa uma aceleração em comparação a 2023 (3,2%) e o maior crescimento registrado no país desde 2021.
O resultado foi puxado principalmente pelos setores de serviços, que subiu 3,7%, e indústria, com alta de 3,3%. A agropecuária, porém, teve um recuo de 3,2% no ano. O forte nível de consumo das famílias também contribuiu para a alta do PIB no ano, com uma alta de 4,8% em relação a 2023.
O resultado reforça a perspectiva de que a economia brasileira ainda tenha um bom desempenho no primeiro trimestre deste ano, mas indica que deve continuar em uma desaceleração gradual ao longo dos próximos meses.
O cenário, no entanto, também aumenta a perspectiva de que o Copom do Banco Central deve continuar em seu ciclo de alta da Selic. As informações são do portal G1.