Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2022
O dólar fechou em forte queda nesta sexta-feira (21). O câmbio acompanhou o movimento visto no exterior, onde a divisa americana se desvalorizou contra moedas fortes e ante pares do real.
O real foi beneficiado por um movimento de maior procura por risco na cena externa devido à percepção por parte do mercado de uma possível desaceleração do processo de alta de juros nos EUA por parte do Federal Reserve, BC do país, após a alta de 0,75 ponto percentual já esperada para novembro, conforme noticiado pelo WSJ.
O dólar caiu 1,36%, negociado a R$ 5,1468 após atingir a mínima de R$ 5,1406. É o menor valor de fechamento desde o pregão de 22 de setembro , quando a divisa encerrou a R$ 5,1147.
Na semana, o dólar caiu 3,31%.
O índice DXY, que mede o comportamento do dólar contra uma cesta de moedas fortes, caía 0,93%, aos 111,83 pontos, por volta de 17h, em Brasília.
Petróleo em alta
Os preços para os contratos futuros do petróleo fecharam com altas nesta sexta-feira. O movimento da commodity foi influenciado pelo movimento mais positivo nos mercados globais, com a percepção de uma desaceleração no processo de aperto monetário nos Estados Unidos a partir de dezembro.
O enfraquecimento do dólar no exterior também favoreceu o movimento.
O preço para o contrato para dezembro do petróleo tipo Brent subiu 1,21%, negociado a US$ 93,50, o barril.
Já o preço do contrato para o mesmo mês do tipo WTI avançou 0,64%, cotado a US$ 85,05, o barril.
Estatais
As ações de estatais fecharam em forte alta nesta sexta-feira, encerrando uma semana com fortes ganhos para esses papéis.
Para analistas, a percepção de encurtamento na distância entre os candidatos à Presidência influenciou no movimento, já que o mercado enxerga a continuidade do atual presidente como um fator positivo pela menor possibilidade de intervenção nas companhias.
Petrobras ON subiu 3,41% e Petrobras PN, 3,43%, com a empresa registrando recordes de valor de mercado no pregão.
“O mercado tem uma memória curta para as trocas que o Bolsonaro fez na empresa. Com o Lula, o mercado teme a alteração na política de paridade de preços, o que pode afetar nas receitas”, disse o analista da casa de análise Top Gain, Sidney Lima, sobre a Petrobras.