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Brasil Dólar fecha abaixo de R$ 6; Ibovespa encerra em alta

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O dólar recuou 1,30%, cotado a R$ 5,9682.

Foto: Reprodução
O dólar recuou 1,30%, cotado a R$ 5,9682. (Foto: Reprodução)

Após 12 dias cotado acima de R$ 6, o dólar fechou a R$ 5,96 nesta quarta-feira (11). O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, encerrou em alta.

Investidores esperaram por mais uma alta na taxa básica de juros do Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou uma elevação de 1 ponto percentual (p.p.) na taxa Selic — em um aperto monetário que deve continuar mais à frente.

O mercado financeiro também seguiu de olho no estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após notícias de que o chefe do Executivo passará por um novo procedimento para complementar uma cirurgia feita na cabeça, o dólar passou a cair e o Ibovespa, a subir.

“Não tem como criar outro tipo de hipótese que não seja a perspectiva de que a piora, ou uma situação mais delicada da saúde do presidente, se traduza em uma impossibilidade de ele concorrer em 2026”, afirma o economista André Perfeito.

No exterior, o foco ficou com a divulgação de novos dados de inflação dos Estados Unidos, em meio às expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) faça mais um corte de juros em sua próxima reunião, prevista para semana que vem.

O dólar recuou 1,30%, cotado a R$ 5,9682. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,9512. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,58%, cotada a R$ 6,0469. Enquanto o Ibovespa fechou em alta de 1,06%, aos 129.593 pontos. Na véspera, o índice subiu 0,80%, aos 128.228 pontos.

No radar dos economistas, a recente divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, a inflação oficial do País, também estava no radar. O IPCA registrou alta de 0,39%, uma desaceleração em comparação ao observado em outubro, quando o índice subiu 0,56%.

O resultado, no entanto, ainda veio acima do que era esperado pelos economistas do mercado financeiro, que projetavam uma alta de 0,34% do indicador para o mês, e reforçam a perspectiva de que as taxas básicas ainda devem se manter elevadas por um tempo.

Ainda no cenário doméstico, o quadro fiscal do país continua no radar, em meio ao receio de que a aprovação do novo pacote de cortes de gastos do governo federal possa enfrentar resistência no Congresso Nacional.

Como forma de agilizar a aprovação, o governo federal planeja liberar R$ 3,2 bilhões em emendas Pix. A liberação é vista como essencial para viabilizar o apoio parlamentar e garantir a tramitação das medidas fiscais. O governo já tinha sinalizado para o Congresso, na semana passada, a liberação de R$ 7,8 bilhões em emendas impositivas.

A estratégia também é uma tentativa do Palácio do Planalto de acalmar os parlamentares diante da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de rejeitar o recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União para reconsiderar as exigências sobre a liberação das emendas. No exterior, o foco fica com a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, subiu 0,3% no mês passado, registrando a maior alta desde abril. Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 2,7%, de 2,6% em outubro.

 

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