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Economia Dólar fecha aos R$ 5,68, menor valor desde novembro

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O dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,6887.

Foto: Freepik
O dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,6887.(Foto: Freepik)

O dólar fechou em queda nesta terça-feira (18), aos R$ 5,68, menor valor desde o dia 7 de novembro (R$ 5,6752). Mais uma vez, o dia teve leilão de dólares do Banco Central (BC). Os leilões de dólar são uma ferramenta de regulação do mercado de câmbio e servem para aumentar a oferta de dólares disponíveis e fazer a cotação cair.

O BC vendeu um total de US$ 3 bilhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), na terceira intervenção cambial da gestão do novo presidente da autarquia, Gabriel Galípolo.

No exterior, a atenção vem da geopolítica. Após um telefonema entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, em que concordaram em iniciar negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, há uma expectativa crescente de que os países comecem a discutir um acordo de paz.

Além disso, investidores aguardam a divulgação, nesta quarta-feira (19), da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) — que terminou com a manutenção dos juros no patamar entre 4,25% e 4,50% ao ano.

O dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,6887. Com o resultado, acumulou queda de 0,12% na semana;
recuo de 2,54% no mês; e perdas de 7,95% no ano. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,29%, cotada a R$ 5,7119.

Cenário doméstico

No Brasil, o mercado continua repercutindo os últimos números da economia. O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 3,8% em 2024, apesar de uma contração de 0,70% na atividade medida em dezembro.

Para este ano, especialistas esperam uma desaceleração da economia, refletindo os recentes aumentos da Selic (taxa básica de juros) — que atualmente está em 13,25% deve subir ainda mais nos próximos meses.

Juros elevados tornam o crédito mais caro, o que tende a reduzir o consumo das famílias, principal motor da economia.

“Ao longo de 2024, diversos fatores impulsionaram a atividade econômica, como a taxa de desemprego em mínimas históricas, aumento dos salários, melhores condições de acesso ao crédito e uma forte elevação dos benefícios sociais”, explica Rafael Perez, economista da Suno Research.

“Contudo, o último trimestre do ano passado já sinalizou um esgotamento desses fatores, diante de uma política fiscal e monetária mais duras.”

O boletim Focus — relatório semanal do BC que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro — mostra uma redução nas expectativas para o PIB deste ano, de 2,03% para 2,01%. As projeções para a taxa Selic indicam que os juros podem chegar a 15% ao ano até o fim de 2025.

Mesmo com a perspectiva de juros altos por mais tempo, as projeções para a inflação anual também subiram, de 5,58% para 5,60% em uma semana.

Com esse número, a inflação está acima da meta do BC. A partir de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo é manter os 3% ao ano – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Pelo sistema de metas, o BC precisa ajustar os juros para tentar manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Para isso, a instituição olha para o futuro, pois a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

Neste momento, por exemplo, o BC já está mirando na expectativa de inflação para os 12 meses até meados de 2026. Para aquele ano, a expectativa para a inflação subiu de 4,30% para 4,35%. Foi o oitavo aumento consecutivo no indicador.

Além disso, a desaceleração da agenda de Brasília preservou o Ibovespa entre janeiro e fevereiro. Analistas do Citi também indicam que a pesquisa Datafolha que indica queda da popularidade de Lula e menor probabilidade de reeleição em 2026 ajudou a elevar os preços.

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