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Economia Dólar fecha com queda semanal de 2,27% e tem a maior desvalorização diária desde o início de setembro

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O dólar fechou em queda de 1,52%, cotado a R$ 5,5192, nesta sexta-feira (5). (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

O dólar fechou em queda de 1,52%, cotado a R$ 5,5192, nesta sexta-feira (5), com o mercado de olho nas incertezas em relação ao desfecho da PEC dos Precatórios – que dribla o teto de gastos e viabiliza o financiamento do Auxílio Brasil no ano eleitoral de 2022. Essa foi a maior desvalorização diária da moeda desde o dia 9 de setembro (-1,80%).

No acumulado da semana, o recuo foi de 2,27% – a perda semanal mais acentuada desde 27 de agosto (-3,5%). Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular queda de 2,27% no mês e alta de 6,40% no ano.

Ibovespa

Já o principal índice de ações da Bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta sexta-feira (5), oferecendo uma trégua após vários dias de perdas – e de alcançar, na véspera, a pior pontuação em quase um ano. O Ibovespa subiu 1,37%, aos 104.824 pontos.

Na quinta-feira, a Bolsa fechou em queda de 2,09%, a 103.412 pontos. Foi a pior pontuação de 2021 e a mais baixa desde 12 de novembro de 2020 (102.507 pontos).

Na semana, a Bolsa acumulou alta de 1,28%. No ano, no entanto, a perda é de 11,93%.

Cenário

Na cena externa, os investidores avaliaram os dados sobre a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, que vieram acima do esperado.

No cenário doméstico, as atenções seguiram voltadas para as negociações em torno da aprovação da PEC dos Precatórios. Na madrugada de quinta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou em votação apertada o texto-base da PEC. Os parlamentares ainda precisam votar os chamados destaques (sugestões pontuais de alteração no texto principal) e o segundo turno.

A PEC dos Precatórios é a principal aposta do governo para viabilizar o programa social Auxílio Brasil — anunciado pelo governo para suceder o Bolsa Família. A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça), a fim de viabilizar a concessão de pelo menos R$ 400 mensais aos beneficiários do novo programa.

“O pretexto é fazer o programa social, mas a verdade é que o auxílio Brasil poderia ser financiado dentro do teto como existia desde que o governo tivesse a coragem de não dar dinheiro para o centrão”, criticou o economista e ex-presidente do Banco Central Alexandre Schwartsman em entrevista à GloboNews.

Os planos de flexibilização do teto de gastos, considerado a principal âncora fiscal do país, para acomodar mais gastos têm preocupado participantes do mercado há semanas, levando a expectativas de endurecimento ainda mais agressivo da política monetária do Banco Central e a rebaixamentos nas projeções para o desempenho econômico do país por parte de diversas instituições financeiras.

“Mudar a regra do teto de gastos para temporariamente aumentar os benefícios sociais não apenas reduz a credibilidade do instrumento fiscal, uma vez que em outros momentos de necessidade o governo poderia mudar a regra novamente, mas também aumenta enormemente a probabilidade de a regra ser alterada de novo em 2023, uma vez que será muito difícil para qualquer presidente que seja eleito no ano que vem acabar com o auxílio temporário”, disse o Credit Suisse em relatório assinado por Solange Srour, economista-chefe do banco no Brasil, e pelo economista Lucas Vilela. As informações são do portal de notícias G1.

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