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Dólar fecha em alta após divulgação de dados da inflação no Brasil; Bolsa de Valores recua

Ao final da sessão dessa quarta, o dólar subiu 0,23%, cotado a R$ 5,4755. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em alta nessa quarta-feira (25), conforme investidores repercutiam novos dados de inflação e ponderavam os efeitos dos preços nos juros, após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na véspera. Já o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, encerrou em queda.

Nessa quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) que é considerado a prévia da inflação oficial do mês, subiu 0,13% em setembro, bem abaixo das expectativas de mercado, de 0,29%.

No exterior, o destaque fica com o pacote de estímulos econômicos anunciados pelo banco central chinês na véspera. O objetivo, segundo a instituição, é aumentar o consumo da população e apoiar o setor imobiliário.

Nos Estados Unidos, novos indicadores de atividade econômica ficam no radar, enquanto o mercado segue na expectativa por novos pronunciamentos de diretores do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre os próximos passos em relação às taxas de juros no país.

Dólar

Ao final da sessão dessa quarta, o dólar subiu 0,23%, cotado a R$ 5,4755. Com o resultado, acumulou: queda de 0,82% na semana; perda de 2,79% no mês; e avanço de 12,84% no ano. Na terça-feira, a moeda havia caído 1,30%, cotada a R$ 5,4627.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,43%, aos 131.587 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,40% na semana; recuo de 3,25% no mês; e queda de 1,94% no ano. Na terça, o índice havia subido 1,22%, aos 132.156 pontos.

Cenário

O cenário de inflação e juros do Brasil seguiram na mira dos investidores no pregão dessa quarta-feira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os novos dados do IPCA-15, que registrou uma alta de 0,13% em setembro, abaixo das expectativas do mercado.

O resultado foi puxado pelo grupo de Habitação, impactado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial. Esse é o primeiro indicador de preços desde o aumento da bandeira tarifária de energia elétrica.

O reflexo do resultado melhor do que o esperado nos preços, no entanto, é limitado – principalmente após o tom mais duro deixado pelo Copom na ata de sua última reunião.

Divulgado na véspera, o documento reforçou o “firme compromisso” do comitê com a conversão da inflação à meta da instituição, sinalizando que novas altas devem acontecer nos próximos meses.

A ata ainda mostrou que todos os dirigentes concordaram em iniciar o ciclo de altas nos juros de maneira gradual, para acompanhar com cuidado os próximos dados econômicos – principalmente inflação e emprego –, ao mesmo tempo em que o aumento da taxa já comece a fazer efeito sobre o mercado.

“O Comitê julgou que o início do ciclo deveria ser gradual de forma a, por um lado, se beneficiar do acompanhamento diligente dos dados, ainda mais em contexto de incertezas, tanto nos cenários externo como doméstico, mas, por outro lado, permitir que os mecanismos de transmissão da política monetária que possibilitarão a convergência da inflação à meta já comecem a atuar”, diz a ata.

Juros maiores elevam o custo do crédito para pessoas e empresas, o que tende a diminuir o consumo e os investimentos empresariais. O efeito desejado com isso é a redução da inflação.

O documento ainda indicou que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm apresentado um dinamismo maior do que o esperado e criticou o “esmorecimento no esforço (do Governo Federal) de reformas estruturais e disciplina fiscal”. As informações são do portal de notícias G1.

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