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Mundo Dólar fecha em alta, após Trump anunciar tarifas e citar o Brasil

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Na sexta (14), o dólar fechou no menor valor desde novembro. (Foto: Reprodução)

O dólar fechou a sessão desta quinta-feira (13) em alta, a R$ 5,76, conforme investidores repercutiam as novas tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump aos países que cobram taxas de importação de produtos norte-americanos.

O memorando, assinado durante a tarde, não determina uma tarifa específica para países específicos, mas estabelece uma orientação geral de reciprocidade aos países que impõem dificuldades ao comércio com os EUA.

Entre os exemplos para a política de tarifas, o governo norte-americano citou o etanol brasileiro. O republicano também voltou a ameaçar uma tarifa de “no mínimo 100%” para os países do BRICS — grupo de coordenação econômica formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, caso o bloco decida seguir com a ideia de substituir o dólar por outra moeda em suas transações.

O anúncio das tarifas volta a levantar preocupações com a inflação norte-americana, em um momento em que o país já enfrenta uma aceleração dos preços.

No Brasil, o destaque ficou com os dados do comércio varejista, que registraram uma queda de 0,1% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da leve queda, as vendas no comércio tiveram um aumento de 4,7% no ano, a maior variação desde 2012.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também encerrou em alta.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

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Dólar

Ao final da sessão, o dólar avançou 0,10%, cotado a R$ 5,7684. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7994. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,42% na semana;
  • recuo de 1,18% no mês; e
  • perdas de 6,66% no ano.

No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,08%, cotada a R$ 5,7625.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,38%, aos 124.850 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,19% na semana;
  • perdas de 1,02% no mês;
  • ganho de 3,80% no ano.Na véspera, o índice teve baixa de 1,69%, aos 124.380 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

O “tarifaço” de Trump continua a repercutir entre investidores do mundo todo. Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano anunciou a criação de tarifas recíprocas aos países que cobram taxas de importação sobre os produtos norte-americanos.

O memorando, assinado durante a tarde, não estabeleceu tarifas específicas para países específicos, mas trouxe uma orientação geral de reciprocidade aos países que impõem dificuldades ao comércio dos EUA.

“Os outros países podem reduzir ou eliminar suas tarifas. Queremos um sistema nivelado”, disse Trump, em coletiva de imprensa na Casa Branca

Entre os exemplos para a nova política de tarifas, o governo norte-americano citou o etanol brasileiro:

“A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil.”

Além disso, o presidente norte-americano também voltou a ameaçar o BRICS — grupo de coordenação econômica formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — com uma taxa de “no mínimo 100%” caso os países do bloco insistissem na ideia de trocarem o dólar dos EUA por outra moeda em suas transações.

As taxações anunciadas por Trump voltam a acender um alerta entre investidores e economistas pelo mundo. Isso porque os preços dos produtos que chegam aos EUA, ou que dependem de insumos importados para serem produzidos, tendem a ficar mais caros com o aumento das tarifas de importação.

Isso não apenas pressionaria a inflação norte-americana e poderia impossibilitar novos cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), como também pode acabar impactando os preços pelo mundo, trazendo o risco de uma elevação global da inflação.

Além disso, juros elevados nos EUA também aumentam o rendimento dos títulos públicos norte-americanos, considerados os mais seguros do mundo. Isso tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e a fortalecer o dólar em relação a outras moedas.

Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que essa é a principal moeda para as negociações comerciais. Isso também pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Já no Brasil, em um dia de agenda econômica mais fraca por aqui, as atenções ficaram com os novos dados do varejo. Segundo o IBGE, o segmento registrou uma alta de 4,7% em 2024, no maior crescimento das vendas em 12 anos. Em dezembro, houve um recuo de 0,1%. As informações são do portal G1.

 

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https://www.osul.com.br/dolar-fecha-em-alta-apos-trump-anunciar-tarifas-e-citar-o-brasil/ Dólar fecha em alta, após Trump anunciar tarifas e citar o Brasil 2025-02-13
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