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Dólar fecha em alta e é cotado a 3,51 reais

A alta de 1,12% da moeda dos Estados Unidos frente à divisa brasileira refletiu a preocupação dos investidores diante da instabilidade política que o País vem enfrentando. (Richard Lewisohn/Folha Imagem)

O real foi a moeda que mais perdeu valor frente ao dólar entre as 16 principais divisas do mundo nessa quinta-feira. A alta de 1,12% da moeda norte-americana frente à divisa brasileira refletiu a preocupação dos investidores com a instabilidade política, após o ministro Gilmar Mendes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ter dado voto favorável ao prosseguimento da ação do PSDB para impugnar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB). O dólar comercial encerrou cotado a 3,512 reais para compra e a 3,514 reais para venda. Foi a maior cotação desde o fechamento da quinta-feira passada (6). Na máxima do dia, chegou a 3,529 reais.

Contra as dez principais divisas do mundo, o dólar sobe 0,30%, de acordo com o índice Dollar Spot, da Bloomberg. A moeda norte-americana segue tendência de valorização após o Banco do Povo (banco central da China) afirmar que não há motivos para esperar mais depreciação da moeda chinesa – embora o yuan tenha voltado a perder valor pelo terceiro dia seguido. Analistas acreditam que novas quedas da divisa podem levar o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) a adiar a elevação de juros no país, o que tiraria força do dólar.

“Foi a declaração do ministro Gilmar Mendes que detonou a reação no câmbio. O empenho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do Congresso e do próprio governo na promoção de uma agenda positiva estava conseguindo apaziguar os ânimos do mercado. Estávamos “carentes” de notícia ruim, e o Gilmar Mendes fez questão de nos presentear com ela. Assim, voltamos ao mesmo clima tenso de antes”, afirmou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. (AG)

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