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Economia Dólar fecha em alta e vai a R$ 5,71

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Com o resultado, a divisa acumulou: queda de 0,46% na semana, recuo de 3,37% no mês e perda de 7,49% no ano. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em alta de 0,73% nessa sexta-feira (21), cotado a R$ 5,71, conforme investidores aproveitaram o dia de agenda vazia para ajustar a carteira. Ainda assim, a moeda emplacou a terceira queda semanal consecutiva, com recuo de 0,46% em relação à sexta passada (14).

Com o resultado, a divisa acumulou: queda de 0,46% na semana, recuo de 3,37% no mês e perda de 7,49% no ano.

A semana foi marcada por decisões de juros nos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, e pela aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional, além do maior sentimento de cautela pelo mundo após sinalizações de que há incertezas crescentes sobre o futuro da economia norte-americana.

No Orçamento de 2025, o destaque do texto — que já devera ter sido votado no fim do ano passado, mas foi adiado por um impasse a respeito do pagamento de emendas parlamentares — ficou com o aumento na previsão de arrecadação da União, que deve resultar em um superávit (quando as receitas são maiores que as despesas) de R$ 15 bilhões.

O Orçamento aprovado destina R$ 50 bilhões parra emendas parlamentares, R$ 27,9 bilhões para reajustes salariais de servidores públicos, recursos para um novo Concurso Nacional Unificado (CPNU) e recursos para os ministérios.

No exterior, o dia também foi de agenda fraca, com destaque apenas para falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) — que manteve suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano nesta semana, mas indicou a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.

O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, encerrou em alta de 0,30%, aos 132.345 pontos.

Mercados

Investidores aproveitaram a falta de novidades e indicadores no pregão dessa sexta para ajustar posições em suas carteiras de ativos.

Após uma semana marcada por decisões de juros, notícias fiscais e a indicação de que há uma crescente preocupação com a economia global, prevalece uma maior aversão ao risco — o que, por sua vez, acaba favorecendo ativos como o dólar, que é considerado a moeda mais segura do mundo.

Durante a semana, tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do banco Central do Brasil (BC) quanto o Fed realizaram reuniões para decidir o futuro dos juros em seus respectivos países.

Por aqui, o Copom elevou a taxa básica (Selic) em 1 ponto percentual, ao patamar de 14,25% ao ano. O aumento já era amplamente esperado pelo mercado e marcou a quinta alta consecutiva dos juros no Brasil.

O colegiado ainda sinalizou que o ciclo de alta das taxas não deve parar por aí. Em nota, o BC indicou que ainda poderá aumentar novamente a Selic na próxima reunião, marcada para 6 e 7 de maio.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado.

Até fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do País) já acumula uma alta de 5,06% em 12 meses. Até o fim de 2025, a expectativa do mercado, segundo o relatório de projeções do BC, o Boletim Focus, é de uma inflação anual de 5,66%.

Se esse patamar se confirmar, a inflação vai encerrar mais um ano acima da meta do BC. A meta é de 3% e, para ser considerada formalmente cumprida, precisa estar em um nível entre 1,50% e 4,50%.

“Essa decisão encarece o crédito, reduz o consumo e pode desacelerar a economia no médio prazo, mas reforça o compromisso com a estabilidade de preços”, pontua Sidney Lima, analista de investimentos da Ouro Preto Investimentos.

“No entanto, sem ajustes fiscais e um ambiente econômico confiável, os efeitos positivos da alta dos juros podem ser limitados”, afirma.

Diante desse cenário, falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário macroeconômico brasileiro, também seguem em foco.

“Eu não acredito que você precise de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que a inflação saia do controle”, disse Haddad em entrevista ao programa “Bom dia, ministro”, do CanalGov, na última quinta-feira.

Já no exterior, o destaque da semana ficou com a decisão do Fed, de manter as taxas de juros dos EUA inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de terem sinalizado dois possíveis cortes de juros ainda neste ano, os dirigentes do Fed indicaram que as incertezas econômicas aumentaram no país. (As informações são do portal G1)

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