O dólar à vista moderou o ritmo de alta na última hora de negociação, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre cortes de gastos. O a moeda norte-americana fechou nessa quarta-feira (13) com elevação de 0,36%, cotado a R$ 5,79. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,81. O Ibovespa também fechou com pequena alta de 0,03%, aos 127.733,88 pontos.
Haddad afirmou que a redução de gastos será “expressiva” e que as medidas devem “seguir a mesma regra ou algo parecido” ao novo arcabouço fiscal, que limita o crescimento real das despesas a 2,5%. “Se o presidente autorizar, anunciamos (o pacote). Mas o mais importante é que, assim que ele der a autorização, estamos prontos para divulgar os detalhes”, disse Haddad após encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes – subiu para além de 106,500 pontos, atingindo seu maior nível em um ano. Mesmo com a inflação ao consumidor de outubro em linha com as estimativas, persistem preocupações sobre o ritmo de desinflação, diante das medidas protecionistas prometidas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
Após apresentar desempenho superior ao de seus pares, especialmente entre as moedas latino-americanas, o real registrou perdas no pregão de hoje, mesmo com a valorização do peso mexicano e do peso chileno. Investidores demonstraram cautela com a possibilidade de adiamento do anúncio do plano fiscal para após o encontro do G20, que se encerra no próximo dia 19.
O Banco Central cancelou pela manhã um leilão de linha com recursos novos devido a problemas operacionais, realizando a operação no início da tarde. Foram vendidos US$ 4 bilhões em dois leilões (A e B), com recompra prevista para abril e julho de 2025, marcando a primeira operação desse tipo desde dezembro de 2022. Esses leilões atendem à demanda sazonal por dólares no fim do ano, impulsionada por remessas de lucros e dividendos.
Durante a tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial total em novembro (até o dia 8) foi positivo em US$ 568 milhões, com entrada líquida de US$ 938 milhões pelo canal financeiro e saída líquida de US$ 370 milhões no comércio exterior. No acumulado do ano, até 8 de novembro, o fluxo cambial registra saldo positivo de US$ 10,425 bilhões.