Segunda-feira, 07 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2025
Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,93.
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilO dólar fechou em alta nessa segunda-feira (7), cotado a R$ 5,91, em mais um dia de tensão nos mercados financeiros diante do receio de uma possível guerra comercial. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão em queda de 1,31%, aos 125.588 pontos.
O principal fator de preocupação é o novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que entrou em vigor no sábado (5). Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,9313. Na última quarta-feira (2), Trump havia divulgado seu plano de tarifas recíprocas, com alíquotas que variam entre 10% e 50% sobre importações de mais de 180 países.
Ao mesmo tempo, o Bitcoin registrou nova queda expressiva, atingindo o menor nível de 2025. A principal criptomoeda do mundo chegou a ser negociada a US$ 74.524, reforçando o movimento de aversão ao risco que tomou conta dos mercados.
O cenário internacional foi marcado por fortes recuos nas principais bolsas da Ásia e da Europa, impactadas pela retaliação da China contra os Estados Unidos.
Na China, o índice CSI 300, que reúne as principais ações das bolsas de Xangai e Shenzhen, despencou 11% nessa segunda-feira, no pior desempenho diário do ano. A queda reflete a frustração com dados recentes sobre o setor imobiliário e a atividade industrial, que indicaram uma desaceleração acima do esperado.
Na Europa, os principais índices acionários também recuaram com força. O DAX, da Alemanha, caiu mais de 4%, enquanto o CAC 40, da França, recuou 4,7%. Em Londres, o FTSE 100 teve queda de 4,3%.
Na sexta-feira (4), o clima já era de preocupação, após a China anunciar medidas de retaliação. Os Estados Unidos impuseram tarifas extras de 34% sobre produtos chineses, e o governo chinês respondeu na mesma proporção contra bens americanos.
Nessa segunda, Trump ameaçou elevar ainda mais as tarifas sobre a China – em até 50% – caso o país não recue nas medidas retaliatórias. O mercado também especula que a União Europeia poderá anunciar suas primeiras ações em resposta ao pacote tarifário americano.
Investidores temem que a situação evolua para uma guerra comercial generalizada. O aumento das tarifas pode pressionar a inflação nos países envolvidos, encarecendo insumos e bens de consumo. Além disso, tende a reduzir o comércio internacional e o consumo interno, comprometendo o ritmo da atividade econômica.