Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2025
Moeda americana vem oscilando, mas ainda longe dos R$ 6,22 registrados no início do ano.
Foto: ReproduçãoO dólar vem caindo desde o fim de janeiro deste ano e, em fevereiro, atingiu a mínima de R$ 5,68, oscilando entre R$ 5,70 e R$ 5,91, mas ainda longe dos R$ 6,22 registrados no início do ano. Nessa sexta-feira (28), último dia do mês, o dólar hoje fechou a R$ 5,9183, máxima do mês, em sessão conturbada com o mercado de olho nas tarifas de Donald Trump, além do bate-boca entre o o presidente dos Estados Unidos e o da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a guerra com a Rússia.
Com o desempenho desta sexta-feira, o dólar à vista acumulou alta mensal de 1,37% ante o real. No acumulado do ano, a moeda americana ainda cai 4,36%.
A alta da moeda foi impulsionada por fatores como o anúncio de tarifas sobre aço e alumínio pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que gerou incerteza no comércio global, e a valorização das commodities, em especial a soja e o minério de ferro que, junto com o petróleo, tiveram altas expressivas, beneficiada por dados positivos da economia chinesa. Além disso, a confiança do consumidor nos EUA caiu sete pontos, a maior queda desde agosto de 2021, para 98,3 em fevereiro, pressionada por projeções mais fracas da multinacional Walmart, levando investidores a reavaliarem suas apostas no dólar.
A condução da política comercial dos Estados Unidos sob Donald Trump tem sido mais moderada do que o esperado, com acordos que suspenderam temporariamente aumentos de tarifas para México e Canadá. As taxas aplicadas à China também ficaram abaixo do prometido na campanha eleitoral em 2024, reduzindo parte das preocupações do mercado.
No cenário geopolítico, houve um alívio com o cessar-fogo entre Israel e Hamas e sinais de possíveis negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Esses fatores ajudaram a diminuir a percepção de risco global, influenciando o comportamento dos ativos financeiros.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, com o recuo de commodities pressionando as blue chips Vale e Petrobras, em pregão marcado por cautela antes do Carnaval e com alta da Eletrobras após acordo que abriu espaço para a União no conselho da empresa e a desobriga de investir em Angra 3.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,6%, a 122.799,09 pontos, tendo marcado 122.658,78 pontos na mínima e 124.916,19 pontos na máxima do dia. Com tal desempenho, acumulou queda de 3,41% na semana e de 2,64% no mês. O volume financeiro no pregão somou R$36,19 bilhões.
A bolsa estará fechada no começo da próxima semana, reabrindo apenas na quarta-feira, às 13h, o que fez com que muitos agentes preferissem reduzir a exposição a ações brasileiras, dado que Wall Street funcionará normalmente e eventos externos têm adicionado volatilidade nos negócios.