Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2025
O dólar registrou a 10ª queda consecutiva no pregão de sexta-feira (31) e encerrou o mês cotado a R$ 5,83, o menor valor desde novembro. A moeda norte-americana fechou janeiro com uma queda de 5,55%. o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.
Investidores reagiram à divulgação de novos dados econômicos tanto no Brasil quanto no exterior. As últimas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos também estavam no radar.
Por aqui, dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã, indicaram que a taxa de desocupação foi de 6,2% no quarto trimestre de 2024.
O número representa uma queda em relação à taxa de 6,4% do terceiro trimestre. Em 2024, a taxa de desocupação média anual foi de 6,6% — nesse caso, um recuo significativo em comparação aos 7,8% registrados em 2023. Segundo o IBGE, essa é a menor taxa de ocupação anual registrada em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Já no exterior, o dia foi marcado pela divulgação do PCE, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O índice subiu 0,3% em dezembro e acumulou alta de 2,6% em 2024, em linha com as projeções do mercado financeiro.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados
O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda
Dólar
O dólar fechou em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,8372. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,8107. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda de 0,61%, aos 126.135 pontos.
Com o resultado, acumulou:
Não à toa, as últimas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) continuavam na mira do mercado. Na última quarta-feira, o colegiado seguiu o planejado e decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
O comitê ainda sinalizou uma nova alta da taxa básica na próxima reunião, mas evitou trazer mais pistas sobre os encontros seguintes.
“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, disse o Copom em comunicado divulgado após a decisão de quarta-feira.
Falas de Lula ainda repercutem
Diante desse cenário, as últimas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também continuam no foco do mercado. Em entrevista recente a jornalistas, o petista fez comentários sobre as contas públicas, os preços do diesel, a liderança de Galípolo no BC, Trump e as tarifas dos Estados Unidos.
Além disso, o presidente também saiu em defesa de Haddad, após o presidente do PSD, Gilberto Kassab, chamá-lo de “fraco”.
Lula afirmou que tem “muita responsabilidade” em relação ao cenário fiscal e que deseja o menor déficit possível, mas negou que planeja desenvolver uma nova medida fiscal — afirmação que vai na direção oposta às sinalizações da equipe econômica.
O petista também disse que o novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, “fez o que ele entendeu que deveria fazer” em relação aos juros do país e negou que tenha “autorizado” um aumento do preço do diesel. Sobre Trump, Lula afirmou que, se os americanos decidirem taxar o Brasil “haverá reciprocidade”. As informações são do portal G1.