O dólar fechou em forte alta nesta terça-feira (16) e atingiu seu maior patamar em mais de um ano. Em meio ao cenário negativo, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda.
A moeda americana subiu 1,64%, cotada a R$ 5,2697 — maior patamar desde 23 de março de 2023, quando fechou a R$ 5,2884.
Com o resultado, acumula altas de:
2,90% na semana;
5,07% no mês; e
8,60% no ano.
Com o mercado já estressado pela tensão geopolítica no Oriente Médio, a notícia de que o governo deixará de perseguir um superávit das contas públicas já em 2025 aumentou o mau humor dos investidores. Agora, a projeção é de déficit zero no ano que vem, além de redução do superávit previsto para os anos seguintes.
Já o Ibovespa recuou 0,75%, aos 124.389 pontos — menor nível desde 14 de novembro de 2023, quando fechou aos 123.166 pontos.
Com o resultado, acumula quedas de:
1,24% na semana;
2,90% no mês; e
7,30% no ano.
Na véspera, encerrou em queda de 0,49%, aos 125.334 pontos.
Apesar de o conflito no Oriente Médio continuar a pesar nos mercados nesta terça-feira (16), o destaque do dia no Brasil é a avaliação de que houve um aumento do risco fiscal do país.
Na segunda (15), ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a redução da meta do governo Lula, que agora é ter déficit zero em 2025. Ele também informou que o salário mínimo deve ser de R$ 1.502 no próximo ano. Na LDO anterior, o projetado era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 e de 1% para 2026.