Sábado, 19 de outubro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Dólar salta: as 4 razões que fizeram a moeda bater R$ 5,70, máxima em 2 meses e meio

Compartilhe esta notícia:

Diversos motivos levaram a uma alta da divisa americana, notoriamente em relação ao real.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Diversos motivos levaram a uma alta da divisa americana, notoriamente em relação ao real. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A semana que se encerrou foi mais uma vez de avanço para o dólar, que foi para os R$ 5,70. A moeda norte-americana completou a terceira semana consecutiva de ganhos ante o real, com elevação acumulada de 1,51% nos últimos cinco dias e no maior nível em dois meses e meio. Somente em outubro, o dólar já subiu 25 centavos de real, acumulando alta de 4,61%. Apesar de alguns fatores serem preponderantes em relação a outros, diversos motivos levaram a uma alta da divisa americana, notoriamente em relação ao real.

Ainda que o início da semana tenha sido de sinalizações de corte de gastos do governo, a desconfiança com relação ao fiscal ganhou força nos últimos dias. O mercado ainda aguarda por medidas concretas de contenção de gastos pelo governo Lula, prometidas para depois das eleições municipais, enquanto no campo monetário permaneciam as preocupações com a desancoragem da inflação.

Na sexta (18), o pessimismo com as contas públicas sustentou as taxas e o dólar ante o real ainda que não tenham surgido na sessão, na avaliação de profissionais ouvidos pela Reuters, notícias novas — nem positivas, nem negativas — no front fiscal.

Durante evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil precisa crescer de forma sustentável. No mesmo evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a abertura de crédito especial para pessoas prejudicadas pelo apagão em São Paulo.

No cenário externo, os Estados Unidos voltaram a apresentar dados fortes para a economia, o que fez agentes financeiros reduzirem ainda mais a expectativa por um afrouxamento monetário agressivo no Federal Reserve.

Na quinta (17), números do governo mostraram que as vendas no varejo subiram 0,4% em setembro na base mensal, acima da alta de 0,3% esperada por analistas consultados pela Reuters e uma melhora ante o avanço de 0,1% no mês anterior.

O resultado mostrou que o mercado consumidor dos EUA continua resiliente, o que afasta ainda mais temores de uma desaceleração econômica agressiva e reduz o espaço para cortes de juros. Naquela sessão, operadores colocavam 11% de chance de o Fed manter os juros inalterados em sua reunião de novembro, de 5% antes dos dados. A probabilidade de um corte de 25 pontos está em 89%.

Cortes de juros mais atenuados acabam fortalecendo o dólar ante o real em meio ao enfraquecimento do movimento de carry trade (em que o investidor toma dinheiro emprestado barato em moeda forte e depois investe em outra com rendimentos mais elevados).

A moeda norte-americana também foi impulsionada nos últimos dias pelo aumento das apostas na vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. O republicano tem prometido implementar medidas consideradas inflacionárias por parte de analistas, o que, em teoria, seria positivo para o dólar.

“Os Estados Unidos atrapalham um pouco, porque há uma incerteza sobre sua política monetária. E com o Trump despontando como favorito, espera-se uma política mais protecionista, o que acaba pesando no nosso câmbio”, afirmou o head de renda fixa da Manchester Investimentos, Rafael Sueishi.

Outro fator que explica é a queda de 8% do petróleo e de 3% do minério na semana também enfraqueceram o real nos últimos dias, uma vez que as commodities correspondem a uma grande participação na balança comercial.

O petróleo foi afetado por incertezas sobre demanda global e sobre as tensões no Oriente Médio. A Capital Economics avalia que o prêmio de risco nos preços do petróleo “colapsou” nesta semana, após relatos de que Israel prometeu evitar ataques contra petrolíferas iranianas, trazendo novamente o foco para preocupações com a demanda fraca e aumento da oferta global.

Na semana, relatórios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE) cortaram projeções para o crescimento da demanda global em 2024. Na visão da Oxford Economics, até mesmo as projeções da Opep são “muito otimistas”. A consultoria projeta que o petróleo seguirá pressionado e terminará 2024 em cerca de US$ 70 o barril, se as tensões geopolíticas não aumentarem.

Para o minério, os preços foram influenciados por dados que mostram fraqueza contínua da economia e do mercado de aço da China, embora as notícias de novas medidas do banco central chinês tenham limitado as perdas.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Torcedores do Inter são presos após invasão em estação da Trensurb
https://www.osul.com.br/dolar-salta-as-4-razoes-que-fizeram-a-moeda-bater-r-570-maxima-em-2-meses-e-meio/ Dólar salta: as 4 razões que fizeram a moeda bater R$ 5,70, máxima em 2 meses e meio 2024-10-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar