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Economia Dólar sobe 0,44% e volta a superar R$ 4,95

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Em outubro, contudo, o dólar ainda acumula valorização de 1,23%. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em alta nessa terça-feira (12), recuperando parte das perdas da véspera. Investidores repercutiram a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor ao Amplo (IPCA), que veio abaixo das expectativas e seguiram à espera de dados de preços dos Estados unidos, previstos para esta quarta (13).

Ao final da sessão, a moeda norte-americana avançou 0,42%, cotada a R$ 4,9520.

No dia anterior, o dólar fechou com baixa de 1,02%, vendido a R$ 4,9312. Com o resultado mais recente, a moeda passou a acumular:

* queda de 0,61% na semana;
* avanço de 0,04% no mês;
* e recuo de 6,18% no ano.

No mercado acionário, o Ibovespa subiu 0,93% e fechou aos 117.968 pontos.

Mercados

O principal destaque dessa terça ficou com a inflação brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador subiu 0,23% em agosto e passou a acumular uma alta de 4,61% em 12 meses. O resultado representa uma aceleração do IPCA frente aos últimos meses: em julho subiu 0,12% e em junho o índice teve uma deflação de 0,08%.

Mesmo com a aceleração, os números vieram abaixo das expectativas do mercado e reforçam a visão de que, na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) deve promover um novo corte na Selic, taxa básica de juros.

Atualmente a taxa Selic está em 13,25%, depois de uma redução de 0,5% promovida pelo Copom em agosto. Agora, a maioria das projeções apontam para um novo corte de 0,5%, mas já há analistas que acreditam em uma baixa mais acentuada, de 0,75%.

Juros mais baixos no Brasil podem beneficiar o mercado de ações, já que o rendimento dos títulos de renda fixa, que são atrelados à taxa Selic, passam a cair. No entanto, um retorno menor na renda fixa pode levar a uma saída de dólares do país em direção aos títulos públicos dos Estados Unidos, que são considerados os mais seguros do mundo e estão com altos retornos.

Nesse sentido, os mercados globais ainda seguem na expectativa pela divulgação da inflação norte-americana, que acontece nesta quarta. O Federal Reserve (Fed, o banco central do país) também se reúne na próxima semana para decidir as novas taxas de juros, que estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Especialistas explicam que o resultado da inflação de agosto nos Estados Unidos será fundamental na decisão, por ser o dado mais quente nessa reunião.

Vale lembrar que juros mais altos nos EUA tendem a impulsionar os rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) e, consequentemente, aumentam uma migração de investimentos para a renda fixa da maior economia do mundo. Nesse cenário, a expectativa é que o dólar continue em patamares fortes a nível global.

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