Terça-feira, 15 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2025
Apesar da elevação, dia foi marcado por maior otimismo global após o recuo de Trump no "tarifaço".
Foto: ReproduçãoO dólar fechou a quinta-feira (10) em alta de 0,89%, aos R$ 5,89, apesar de um pregão marcado por maior otimismo global após o presidente norte-americano Donald Trump recuar do “tarifaço” contra mais de 180 países. Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, encerrou em queda de 1,13%, corrigindo parte da forte alta do dia anterior.
Na véspera, a moeda norte-americana havia caído de 2,53%, a R$ 5,8467, interrompendo uma sequência de três sessões de fortes ganhos. Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, ficou em 126.354 pontos, desempenho que repercute a sessão de perdas na Bolsa de Nova York (EUA).
Após uma semana de caos nas bolsas de valores do mundo todo, com quedas expressivas em ações de empresas de todos os setores, Trump decidiu “pausar” o tarifaço, reduzindo as tarifas a 10% pelo prazo de 90 dias. Antes, as tarifas chegavam a até 50%.
Em Wall Street, o Dow Jones registrou recuo de 2,5%, para 39.593,66 pontos e o S&P 500 tinha queda de 3,46%, a 5.268,05 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 4,31%, para 16.387,31.
Após os ativos brasileiros terem reagido positivamente na véspera ao adiamento da cobrança de algumas tarifas pelos EUA, por 90 dias, nesta quinta eles foram penalizados, acompanhando as quedas das bolsas e das commodities no exterior, além do avanço do dólar ante divisas pares do real, como o peso chileno e o peso mexicano.
O movimento refletiu a percepção de que, apesar do adiamento, o cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China — os dois principais combatentes neste momento — não será necessariamente positivo para o Brasil.
No mercado internacional, o petróleo caiu em torno de 3% e o farelo de soja cedeu mais de 1% – dois produtos importantes para a pauta exportadora brasileira.
“A volatilidade da política comercial de Trump deve continuar sendo um fator de pressão negativo para as moedas emergentes, especialmente o real. A economia brasileira tem elevada sensibilidade à diminuição do crescimento da China e a taxa de câmbio vem sendo um dos principais mecanismos de transmissão desses riscos”, comentou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
Internamente, um fator de pressão foi a informação de que a proposta do governo Lula de reestruturação do setor elétrico, que deverá chegar ao Congresso no primeiro semestre, poderá ter uma medida que amplia a gratuidade da conta de energia.
Em meio às preocupações do mercado em relação ao equilíbrio fiscal, a possibilidade não foi bem recebida pelos agentes.
À tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou conter as preocupações ao afirmar que não há estudo em andamento, na Pasta ou na Casa Civil, sobre o programa Tarifa Social.
Os principais índices de Wall Street caíam nesta quinta-feira, depois dos fortes ganhos na véspera devido à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir temporariamente as pesadas tarifas sobre dezenas de países.
A reviravolta ocorreu menos de 24 horas após as novas tarifas entrarem em vigor sobre a maioria dos parceiros comerciais, elevando o S&P 500 ao seu maior ganho percentual diário desde 2008 na quarta-feira, e fazendo com que o Nasdaq registrasse seu maior salto diário desde 2001.
“A guerra comercial está agora se transformando em um confronto direto entre os EUA e a China… podemos ver novamente uma escalada e uma redução da escalada ao mesmo tempo, puxando os mercados em direções diferentes”, disseram analistas do Rabobank. Com informações dos portais de notícias CNN Brasil e g1.