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Dólar sobe para R$ 5,30 e fecha no maior nível desde novembro

Bolsa de valores encerrou com leve queda. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Em um dia marcado por preocupações no mercado financeiro, o dólar superou a marca de R$ 5,30 e fechou no nível mais alto desde o fim de novembro. A bolsa de valores operou em alta na maior parte do dia, mas recuou na hora final de negociações e encerrou com pequena queda.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,302, com alta de R$ 0,042 (+0,8%). Depois de iniciar a manhã em leve queda, a divisa chegou a R$ 5,35 na máxima do dia, por volta das 11h40, mas desacelerou depois que o BC (Banco Central) vendeu US$ 500 milhões em contratos de swap cambial tradicional, o equivalente à venda de dólares no mercado futuro.

A cotação tinha chegado a operar com leve queda por volta das 16h. No entanto, voltou a subir na hora final de negociações, depois da invasão do Congresso norte-americano por apoiadores do presidente Donald Trump, que causou tensões no mercado global.

Dólar chegou a operar com leve queda por volta das 16h, mas subiu após apoiadores do presidente Trump invadirem o Congresso, o que causou tensões no mercado global.

O clima foi semelhante no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.100, com leve recuo de 0,23%. O indicador chegou a atingir os 120,9 mil pontos por volta das 16h10, mas as tensões na capital dos Estados Unidos abriram um movimento de realização de lucros, quando os investidores vendem papéis para embolsar ganhos recentes.

As negociações não foram influenciadas apenas pelo mercado externo. Declarações sobre uma possível volta do auxílio emergencial feitas pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), no meio da tarde, contribuíram para a turbulência no mercado financeiro. Rossi anunciou nesta quarta que é candidato à presidência da Câmara dos Deputados.

Enquanto moedas de países emergentes, como Rússia, Turquia e México, se valorizaram diante do dólar, o real continuou a desvalorizar-se. Uma eventual extensão do auxílio emergencial aumentaria os gastos públicos. Eventuais elevações de despesas do governo contribuem para a desvalorização da moeda local.

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