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Dólar tem queda e fecha a R$ 5,92 após falas de Trump em Davos; Bolsa brasileira recua

Moeda americana registra menor valor desde novembro. (Foto: Reprodução)

O dólar fechou em queda nessa quinta-feira (23), cotado a R$ 5,92 e no menor valor desde novembro (R$ 5,9124). Com uma agenda mais vazia, o discurso de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial foi o foco do dia. Enquanto o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda.

Trump reforçou seu discurso protecionista, com o objetivo de fortalecer a economia interna dos Estados Unidos e limitar a concorrência estrangeira. Prometeu criar “o maior corte de impostos da história americana” e taxar empresas que não queiram produzir nos EUA.

Nesta semana, o republicano havia reforçado sua promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, e considerou alíquotas de até 25% contra o México e o Canadá. Mas a falta de medidas concretas sobre o tema continua a abrir espaço para uma valorização do real.

Também nesta quinta, Trump criticou a condução das taxas de juros americanas pelo Federal Reserve (Fed) e disse que vai exigir que as taxas de juros caiam “imediatamente”.

Sem grandes destaques na agenda, investidores monitoram indicadores econômicos, como os novos dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e seguem atentos à temporada de balanços corporativos.

Durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. Ele também ameaçou impor tarifas ao México e ao Canadá, citando preocupações com o fluxo de drogas desses países.

Embora essas tarifas estejam alinhadas com a agenda protecionista de Trump, elas são menores do que as indicadas durante sua campanha. A falta de medidas concretas traz certo alívio e abre espaço para a valorização de outras moedas em relação ao dólar.

Na prática, a aplicação de tarifas sobre produtos importados nos EUA é considerada inflacionária, pois pode elevar os preços no país. Quando os preços estão mais altos, o Federal Reserve (Fed) tende a manter os juros elevados por mais tempo para esfriar a economia e combater a inflação. Taxas elevadas nos EUA fortalecem o dólar.

Na agenda econômica, investidores avaliam novos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. O número aumentou pouco na semana passada, e, sem um enfraquecimento do mercado de trabalho, reforça-se a tese de que o Fed não deve reduzir as taxas de juros na próxima semana.

Os pedidos de seguro-desemprego estaduais aumentaram para um total de 223 mil na semana encerrada em 18 de janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam 220 mil pedidos para a última semana.

No Brasil, o mercado aguarda os novos dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do pPís, que será divulgado na próxima sexta-feira. O cenário fiscal também está em foco, especialmente porque o Orçamento ainda não foi aprovado.

Com isso, o Ibovespa fechou em queda de 0,40%, aos 122.483 pontos. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,30%, aos 122.972 pontos. As informações são do portal de notícias g1.

 

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