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Economia Dólar fecha no maior valor em mais de 3 anos, com o aviso do ministro da Fazenda de que não há data para corte nos gastos

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Este é o maior valor desde 30 de março de 2021.

Foto: Freepik
Foi a segunda sessão seguida de recorde da divisa norte-americana. (Foto: Freepik)

O dólar subiu quase 1% e passou de R$ 5,76 nessa terça-feira (29), o maior valor em três anos. A terça teve como principal destaque os mercados analisando novos números do emprego nos Estados Unidos, além de manter no radar expectativas com os próximos passos dos juros pelo Federal Reserve (Fed) e a disputa pela Casa Branca.

Na cena local, o foco esteve na política fiscal após nova declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que um conjunto de medidas para contenção de gastos ainda não tem prazo para ser anunciado. A divisa norte-americana encerrou a sessão com alta de 0,95%, negociada a R$ 5,762. Este é o maior valor desde 30 de março de 2021, quando encerrou na faixa de R$ 3,77. O Ibovespa tomou direção oposta e encerrou a sessão em baixa, com perda de 0,37%, aos 130.729 pontos.

Nos próximos quatro dias, uma enxurrada de dados será divulgada, alimentando expectativas nos Estados Unidos antes de uma eleição crucial e de uma reunião do Fed. Uma atenção especial estará no relatório de emprego de outubro nos EUA, a ser divulgado na sexta-feira (1º), em que investidores buscarão avaliar o estado do mercado de trabalho e consolidar suas apostas sobre os próximos movimentos do Fed.

Dados publicados anteriormente mostraram que a abertura de vagas de trabalho caiu para 7,4 milhões nos EUA, queda em relação à contagem revisada de agosto de 7,86 milhões de vagas , de acordo com novos dados divulgados pelo Bureau of Labor Statistics. Economistas esperavam que o número de vagas de emprego chegasse a cerca de 7,9 milhões, abaixo da estimativa inicial do mês anterior de 8,04 milhões, de acordo com estimativas da FactSet.

O declínio nas vagas de emprego reflete um mercado de trabalho que desacelerou para o ritmo pré-pandemia após anos de crescimento acelerado. O mercado precifica os próximos movimentos do banco central dos EUA, que deve realizar cortes graduais na taxa de juros em suas próximas reuniões, e as apostas na vitória do ex-presidente Donald Trump na disputa pela Casa Branca em 5 de novembro.

No cenário doméstico, o mercado segue na espera de prometidas medidas de contenção de gastos pelo governo. Mais cedo, Haddad afirmou que o envio depende da definição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Questionado sobre o andamento das tratativas, Haddad disse que o mandatário vem pedindo informações para a equipe econômica, e que esta fornece os dados necessários para sua avaliação.

“Está avançando a conversa, estamos conversando com o [Ministério do] Planejamento [e Orçamento]. Estamos fazendo as contas para a gente fazer algo ajustadinho”, disse o ministro na portaria da Fazenda.

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