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Dólar volta a subir e fecha cotado a R$ 5,65; Ibovespa registra leve queda

Moeda norte-americana tem avanço de 16,53% no ano. (Foto: Freepik)

O dólar fechou em alta nessa quarta-feira (24), em um dia de pressão para as moedas de países emergentes em função da piora no mercado dos Estados Unidos, da fraqueza das commodities e do avanço do iene no exterior. Já o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Balores brasileira, a B3, fechou em leve queda.

Mesmo amenizado pela alta de quase 1% em Petrobras, o indicador sofreu forte influência da queda das bolsas de Nova York.

Por aqui, o quadro fiscal continua a fazer preço nos mercados, à medida que o mercado continua avaliando a capacidade do governo de cumprir a meta deste ano.

Na agenda, uma série de balanços corporativos de empresas locais e internacionais também ficam no radar, bem como as repercussões sobre a privatização da Sabesp.

Dólar

O dólar fechou em alta de 1,27%, cotado em R$ 5,6566. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,6617. Com o resultado dessa quarta, a divisa americana acumulou: alta de 0,94% na semana; ganho de 1,22% no mês; e alta de 16,57% no ano. Na véspera, a moeda havia subido 0,29%, cotada em R$ 5,5857.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos. Com o resultado, acumulou: queda de 0,94% na semana; ganhos de 2,03% no mês; e perdas de 5,78% no ano. Na véspera, o índice recuou 0,99%, aos 126.590 pontos.

Mercados

O que está mexendo com os mercados? O pregão foi pressionado em especial pelos índices S&P 500 e Nasdaq, que fecharam nos menores níveis em semanas nessa quarta-feira, conforme lucros decepcionantes da Tesla e da Alphabet minaram a confiança de investidores.

Houve também um agravamento da confiança de investidores com as ações de tecnologia depois da pane global causada pela CrowdStrike. O S&P 500 perdeu 2,31%. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 3,64%. O Dow Jones caiu 1,24%.

A queda não foi maior no Brasil porque os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nessa quarta-feira, apoiados por grandes quedas nos estoques da commodity e de combustíveis nos Estados Unidos. Isso ajudou os resultados de Petrobras e Prio.

Os contratos futuros do petróleo Brent para setembro fecharam em alta de 0,9%, a US$ 81,71 por barril. O petróleo WTI para setembro subiu 0,8%, para US$ 77,59 por barril.

Os preços ainda pairaram perto de seu nível mais baixo em seis semanas, devido a preocupações com a fraca demanda global.

Além disso, os desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana também continuaram no radar, e aumentaram o clima de aversão a risco. Na véspera, a vice-presidente Kamala Harris participou do primeiro comício do processo eleitoral que vai escolher o ocupante da Casa Branca a partir de 2025.

Ela participou na condição de pré-candidata à Presidência e afirmou já ter conseguido o apoio de delegados suficientes para assegurar a candidatura democrata.

Para ser a candidata oficial do partido, Kamala precisa não do voto dos eleitores, mas sim do voto dos representantes do partido em cada estado – os delegados –, que oficializam o nome do candidato em agosto. Segundo a agência de notícias Associated Press, a vice-presidente tem mais de 3.090 delegados ao seu lado, cerca de mil delegados a mais do que o necessário.

Já por aqui, o cenário fiscal continua a fazer preço nos mercados, conforme investidores avaliam a capacidade do governo de alcançar a meta fiscal estabelecida para este ano.

Na segunda-feira, o relatório de receitas e despesas mostrou que a nova projeção do governo indica um déficit (despesas maiores do que receitas) de R$ 28,8 bilhões em 2024, exatamente no limite da meta de contas públicas previstas no arcabouço fiscal.

O governo também revisou estimativas de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) – pago a idosos carentes, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes – e benefícios da Previdência. O relatório é publicado a cada dois meses com novas estimativas e projeções sobre as despesas e receitas do governo previstas para o ano.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal.

A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte:

– Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal.

– Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado.

Balanços corporativos de empresas locais e internacionais também seguem no radar, bem como a variação de preços nos mercados de commodities. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias Reuters.

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