Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 13 de maio de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em vez de intervir na Light e afastar a diretoria, para preservar a estabilidade no abastecimento de energia a milhões de consumidores do Estado do Rio de Janeiro e de mais três municípios mineiros, a “agência reguladora” de energia Aneel faz o jogo de Ronaldo Cezar Coelho, maior acionista, e de Beto Sicupira, agora o terceiro maior, sustentando que é a holding sob recuperação judicial e não a subsidiária Light Serviços de Eletricidade, que, cambaleante, ameaçava devolver a concessão.
Lógica caolha
Pela lógica da Aneel, a subsidiária não seria afetada pela falência da sua proprietária, que confessou sua incapacidade financeira.
Tsunami Tanure
O mercado avalia que esse movimento, incluindo o triste papel da Aneel, decorre da compra de 15% da Light pelo empresário Nelson Tanure.
Quem manda
Ronaldo Cezar Coelho concentra o maior volume de ações da Light, com 20%, Tanure tem agora 15% e Sicupira caiu para terceiro, com 10%.
Olha ele de novo
Beto Sicupira, que representa os sócios no controle da Light, é aquele que também está entre os controladores das Lojas Americanas.
Marco fiscal provoca desconfiança na Câmara
Parlamentares desconfiam do texto do chamado “arcabouço” (marco) fiscal que o governo Lula (PT) vai apresentar nesta segunda-feira (15) à Câmara dos Deputados. Além de rejeitarem a anulação de punições para os políticos perdulários, não caiu bem a falta de plano do governo para justificar o aumento na arrecadação como “âncora” fiscal somente para autorizar a lógica irresponsável do crescimento dos gastos públicos.
Retrocesso
“Flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal colocará o país em um retrocesso sem tamanho”, disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
Falta maturidade
Temos visto que o texto não está maduro e há muita discussão ainda a ser feita” observou a deputada.
Sem pressa
Para a deputada Bia Kicis (PL-DF) “o texto promete muitos gastos e expectativa de inflação. Não deveria ser votado a toque de caixa”.
Horizonte cinzento
Para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), o futuro do marco fiscal na Câmara depende do que o relator vai apresentar. “Mas, neste momento, com base no que o governo apresentou, seria contra”.
Orgulho e preconceito
Os deputados de Santa Catarina aprovaram por unanimidade a reforma prometida pelo governador Jorginho Mello (PL), mas causou gritaria o item sobre o Gabinete Militar. Porque beneficia policiais militares.
Previsão?
Ao comentar a incapacidade do PT de compor uma base de apoio no Congresso com o domínio do “centrão”, o ex-deputado Roberto Freire (Cidadania-SP) disse que “a corrupção facilita. Lula parecia”.
Enxurrada
O deputado André Fernandes (PL-CE) foi às redes sociais pedir vídeos, fotos, documentos ou depoimentos que possam “ajudar nas investigações do 8 de janeiro. Tem e-mail cpmido8dejaneiro@gmail.com.
Previsões?
O projeto da censura poderia punir André Janones (Avante-SP) pela fake news da “agressão” do deputado Mario Frias (PL-SP). Mas não seria automático, passaria pela avaliação do órgão-sem-nome do governo.
Toma-lá…
Em discurso durante solenidade no Ceará na sexta-feira (12), Lula disse que o governador Elmano de Freitas, que também é do PT, “será bem tratado porque o Ceará me trata muito bem”. Os demais, a pão e água?
Discrepância
Segundo a plataforma Our World in Data, nem 30% dos habitantes de países de baixa renda receberam uma dose sequer de vacinas contra a covid. Na média mundial, são 70% dos habitantes do planeta.
Mentiu? Multa
O estado do Texas, nos EUA, multou o Google em US$ 8 milhões (quase R$40 milhões) por propaganda enganosa, após a big tech contratar radialistas para falarem bem (com mentiras) sobre seu smartphone.
Aqui pra nós…
…quando Alexandre de Moraes decreta que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, alegando defender “a honra e a dignidade das pessoas”, isso inclui ministro do STF insultando ex-juiz da Lava Jato?
PODER SEM PUDOR
Caro deputado
O diálogo é atribuído a personagens de vários estados, mas os cearenses garantem que aconteceu com Crisanto Moreira da Rocha. Ele estava em campanha para deputado federal, no interior, quando parou esfomeado em um boteco e pediu seis ovos fritos para ele e acompanhantes. Reagiu assim à conta salgada de 600 mil réis: “Ovos, aqui, são difíceis de encontrar?” O dono do boteco respondeu com naturalidade: “Não, doutor, ovo é fácil. Difícil de encontrar aqui é deputado federal…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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