Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2020
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou na sexta-feira (8) a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ser uma marionete da China e disse que fará em breve um novo anúncio sobre os repasses financeiros do país à entidade.
Em entrevista à “Fox News”, Trump voltou a acusar a OMS de favorecer os interesses da China, apesar de os EUA serem o país que mais contribui financeiramente com a entidade.
“Nós repassamos US$ 450 milhões, mas a China diz a eles o que fazer. Como isso pode funcionar?”, questionou Trump.
Em abril, quando anunciou a suspensão dos repasses à OMS, Trump afirmou que a Casa Branca faria uma revisão da gestão da resposta do órgão à pandemia do novo coronavírus antes de tomar uma decisão definitiva.
Acordo comercial
Donald Trump disse que ainda não tomou uma decisão sobre o acordo comercial com a China e que a relação entre os dois países vive um momento difícil.
As declarações foram dadas à “Fox News” horas depois de uma reunião virtual entre o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, para discutir a primeira fase da implementação do acordo firmado em janeiro.
“Estou tendo um momento muito difícil com a China”, admitiu Trump durante a entrevista, pouco depois de criticar Pequim pela forma como lidou com a pandemia de Covid-19.
Trump voltou a sugerir que o novo coronavírus pode ter saído de um laboratório chinês, mas disse não acreditar que a China tenha feito isso de propósito. Pequim nega a versão americana sobre a origem do vírus e, nesta semana, desafiou os EUA a apresentar provas que sustentem as acusações.
Questionado sobre a situação da economia dos EUA, Trump afirmou que o terceiro trimestre será um período de transição e que o país deve ter uma recuperação recorde no próximo ano.
Enquanto Trump concedia a entrevista, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a taxa de desemprego no país chegou a 14,7%, estabelecendo uma nova máxima na série histórica, que começou a ser registrada em 1948. Foram 20,5 milhões de vagas fechadas no período.
“Era esperado, não há surpresa”, respondeu Trump ao ser perguntado sobre os dados do mercado de trabalho.
Para o presidente americano, a melhor forma de responder à crise é reabrir o país. Assim, disse ele, os empregos voltarão em breve. “Fizemos uma vez e vamos fazer de novo”, prometeu Trump, referindo-se ao bom desempenho da economia americana antes da pandemia. As informações são do jornal Valor Econômico.