Indo contra conselhos de agentes federais, Donald Trump autorizou a abertura de documentos secretos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy. O Conselho Nacional de Segurança aconselhou Donald Trump a impedir a liberação de documentos que possam esclarecer com mais detalhes o assassinato do President John F. Kennedy.
O arquivo com milhares de páginas conta com o relato de Lee Harvey Oswald, que deu o tiro fatal em Kennedy e inclui documentos da CIA e do FBI. A abertura dos documentos é esperada há 25 anos por historiadores e teóricos da conspiração, que buscam mais informações que poderiam esclarecer a tragédia em 22 de novembro de 1963.
O documento estava previsto para ser liberado em 26 de outubro e, somente Trump tinha autoridade para adiar esse prazo. Mas, conforme o presidente postou em seu Twitter neste sábado (21), o arquivo será liberado.
“Sujeito ao recebimento de informações adicionais, permitirei, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK”, escreveu Trump na rede social.
Subject to the receipt of further information, I will be allowing, as President, the long blocked and classified JFK FILES to be opened.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 21, 2017
Mais polêmicas
O conteúdo de um telefonema do presidente Donald Trump, feito à viúva de um dos quatro soldados americanos mortos no Níger no início do mês se tornou o mais novo escândalo de seu governo.
Segundo a deputada democrata Frederica Wilson, que estava do lado de Myeshia Johnson, viúva do sargento do Exército La David Johnson, o presidente teria dito ao telefone que o militar “sabia para o que havia se alistado…mas quando acontece, dói do mesmo jeito”.
Trump negou, na manhã de quarta (18), ter dito isso à viúva, que está grávida de seis meses de seu terceiro filho com Johnson. Horas depois, a mãe do militar, Cowanda Jones-Johnson, confirmou a frase do presidente.
“Trump desrespeitou meu filho, minha filha e também a mim e ao meu marido”, disse ela ao “Washington Post”.
Mais cedo, o presidente havia acusado a deputada de inventar a frase, e a Casa Branca condenara Wilson por politizar os telefonemas de condolências do presidente.
Na terça (17), Trump havia envolvido seu chefe de gabinete, o general John Kelly, na polêmica, sugerindo que Barack Obama não teria telefonado para o militar após a morte do filho dele, que servia no Afeganistão, em 2010.
“Você pode perguntar ao general Kelly se ele recebeu um telefonema do Obama. Eu não sei qual era a política do Obama. Eu escrevo cartas e também telefono”, disse Trump à Fox News.
O chefe de gabinete sempre foi extremamente reservado em relação à morte do filho. Nesta quarta, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse não saber se Kelly tinha sido informado previamente sobre a menção de seu caso pelo presidente e negou que isso tenha gerado mal-estar na Casa Branca.
Após o caso de Johnson, Chris Baldridge, pai de um militar morto por um policial afegão em junho, disse ao “Washington Post” que Trump havia telefonado para ele dias depois e prometido dar US$ 25 mil de seu próprio bolso para a família, mas que ainda não havia cumprido.
“Não pude acreditar que ele estava dizendo aquilo. Ele disse: ‘Nenhum outro presidente jamais fez algo assim'”, afirmou ao jornal.
A Casa Branca disse que o presidente mandara um cheque a Baldridge, mas não especificou a data do envio.