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Donald Trump disse na Organização das Nações Unidas que os Estados Unidos vão garantir que o Irã não tenha bomba nuclear

Trump aperta a mão do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. (Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca)

Donald Trump discursou, nesta quarta-feira (26), no Conselho de Segurança da ONU e declarou que os Estados Unidos vão garantir que o Irã não tenha uma bomba nuclear. Também disse que pretende buscar sanções ainda mais severas ao país: “Mais duras do que nunca”.

Além disso, Trump acusou o Irã de incentivar a guerra na Síria e de ser o maior patrocinador do terrorismo, inflamando conflitos na região e no mundo.

“A carnificina do regime sírio é permitida pela Rússia e pelo Irã”, afirmou.

Conflito entre Israel e Palestina

Antes de falar ao Conselho de Segurança, Trump teve uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e declarou que “gosta da opção de dois Estados” para resolver o conflito entre Israel e Palestina. Afirmou também que em até quatro meses apresentará seu plano de paz.

A declaração poderia ser a primeira demonstração de apoio a uma solução de dois Estados para o conflito.

Novo encontro com Kim Jong-Un

Trump também anunciou nesta quarta-feira que deverá novamente se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O local e a data da reunião, segundo ele, ainda serão divulgados – mas já adiantou que o evento acontecerá “em um futuro próximo”.

Ao chegar à sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, Trump disse que a relação entre os dois países está “maravilhosa” e que houve “um tremendo progresso” desde o ano passado – referindo-se ao desmonte do programa nuclear de Kim Jong-un.

Mais cedo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, havia dito que está trabalhando para marcar um novo encontro entre os representantes. De acordo com ele, a reunião, caso se concretize, deve acontecer em outubro ou “algum tempo depois disso”.

Encontro histórico

Em junho de 2018, os chefes de Estado da Coreia do Norte e dos EUA se encontraram pessoalmente pela primeira vez na história. O objetivo era chegar a um consenso sobre o desmonte do programa nuclear e balístico da ditadura de Kim Jong-un.

A reunião ocorreu ocorreu no luxuoso hotel Capella, na ilha de Sentosa, em Singapura, famosa por suas praias turísticas e seus campos de golfe.

Como resultado do encontro, o líder norte-coreano se comprometeu a encerrar o programa nuclear do país. Essa era uma condição imposta pelos Estados Unidos para a realização da cúpula.

No entanto, o documento final assinado por ambos não estabeleceu metas ou detalhes de como o compromisso seria colocado em prática, para que o abandono da produção fosse feito de forma completa, irreversível e verificável.

O documento assinado por Trump e Kim no encontro contém quatro pontos: 1. EUA e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus povos pela paz e prosperidade; 2. os dois países irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na península coreana; 3. reafirmando a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar em direção à completa desnuclearização da península coreana; 4. EUA e Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados.

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