O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que é provável que ele conceda ao TikTok uma suspensão de 90 dias antes de decidir sobre uma possível proibição do aplicativo no país.
“A extensão de 90 dias é algo que provavelmente será feita, porque é apropriado”, ele disse à NBC em uma entrevista. “Se eu decidir fazer isso, farei o anúncio na segunda-feira”, completou.
Nesta sexta-feira (17), a rede social informou que “será forçada a ficar fora do ar” para usuários dos Estados Unidos a partir deste domingo (19), a não ser que o presidente americano Joe Biden suspenda a aplicação de uma lei que obriga a rede social a vender sua operação no país.
A declaração foi feita após a Suprema Corte dos EUA concluir na sexta-feira que a lei que obriga a venda do TikTok é válida e não viola a Primeira Emenda da Constituição americana, que garante liberdade de expressão para os usuários no país.
A plataforma, controlada pela empresa chinesa ByteDance, está tentando obter “uma declaração definitiva para satisfazer os provedores de serviço mais críticos, garantindo a não aplicação da lei”.
Biden, no entanto, disse que vai deixar o caso ser resolvido pelo presidente eleito Donald Trump, que toma posse na segunda-feira (20). A rede social criticou as declarações do governo Biden e disse que elas “não conseguiram fornecer a clareza e a garantia necessárias aos provedores de serviços que são essenciais”.
Possível prorrogação
Trump está considerando assinar uma ordem executiva para adiar o banimento do TikTok nos Estados Unidos por um período de 60 a 90 dias. A informação foi divulgada pelo jornal The Washington Post na quinta-feira (15).
Na sexta-feira, o presidente eleito afirmou que teve uma conversa por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, na qual discutiram a situação do TikTok. Além disso, agências de notícias informaram que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para a cerimônia de posse de Trump.
Shou Zi Chew declarou que Trump está empenhado em encontrar uma solução para manter o TikTok disponível no país. “Esta é uma posição forte a favor da Primeira Emenda e contra a censura arbitrária”, afirmou o executivo em um vídeo publicado na rede social.