Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de março de 2018
O cartaz com o emblemático nome “Trump” foi retirado nessa segunda-feira de um luxuoso hotel do Panamá sobre o qual o conglomerado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perdeu o controle da sua administração por decisão judicial.
Dois operários da nova administração do hotel arrancaram o sobrenome do presidente norte-americano do letreiro no qual até agora se podia ler “Trump Ocean Club International Hotel and Tower”.
O letreiro, de rocha negra com grandes letras prateadas, se encontra em uma rua de um exclusivo bairro da capital panamenha e é fotografado habitualmente por uma multidão de turistas.
Um juizado panamenho ordenou nesta segunda-feira ao conglomerado empresarial de Donald Trump que deixe a administração da torre depois que os atuais donos despejaram a organização do magnata e esta se negou a abandonar o edifício.
A Torre Trump, inaugurada em 2011 pelo agora presidente americano, foi vendida no ano passado em sua grande maioria ao fundo de capital privado Ithaca, com sede em Miami.
O empresário cipriota e gerente do fundo, Orestes Fintiklis, disse nesta segunda-feira que a batalha comercial entre os dois conglomerados “saiu de controle”, mas que as autoridades panamenhas conseguiram colocar-lhe um fim.
Fintiklis denunciou no último dia 23 de fevereiro perante a promotoria panamenha vários trabalhadores do hotel por “usurpação” da propriedade, por negar-se a aceitar que tinham sido despedidos e por impedir-lhe a entrada ao complexo.
A Organização Trump impugnou o despejo porque, segundo a imprensa americana, assinou há uma década um contrato com o desenvolvedor do projeto para administrar o edifício até pelo menos 2031.
A conhecida Torre Trump do Panamá é um imponente edifício com forma de vela desdobrada, que conta com um hotel, cerca de 350 apartamentos, cassino, lojas, SPA e várias piscinas.
A Organização Trump não reagiu ainda à ação judicial dessa segunda-feira.
Perdendo negócios
O filho mais velho do presidente dos Estados Unidos descreveu a Índia como um mercado importante para a Organização Trump, mas disse que a empresa terá que abrir mão de novos negócios devido a restrições autoimpostas por seu pai desde que tomou posse.
Os comentários de Donald Trump Jr., feitos no início de uma viagem para cortejar compradores para seus projetos residenciais de luxo em várias cidades indianas, pareceu rebater críticas sobre possíveis conflitos de interesse na divulgação da marca Trump. Trump Jr. disse que os novos negócios serão afetados na Índia.
“Alguns anos atrás, eu disse que (a Índia) se tornaria nosso maior (mercado) porque realmente acreditei no mercado… acho que continuará a ser o mesmo quando eu puder voltar ao mercado e me concentrar no lado comercial, em novos acordos novamente no futuro, quando meu pai tiver deixado o cargo”, disse Trump Jr. à rede de televisão CNBC.
Pouco depois de assumir, Trump disse que passaria o controle de seu império empresarial, que inclui prédios residenciais e hotéis de luxo em todo o mundo, aos filhos Donald e Eric e que colocaria seus bens em um fundo para deixar claro que, como presidente, não agiria de forma consciente para se beneficiar pessoalmente.
Muitas agências de ética governamentais e privadas disseram que ele deveria ter ido mais longe, dispondo de bens que pudessem causar conflitos de interesse – mas seus parceiros indianos estão dando ênfase à marca Trump.