Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2021
"Nós nunca vamos desistir, nunca vamos admitir", disse Trump
Foto: Official White House Photo/Tia DufourO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (06) a uma multidão de apoiadores em Washington que não vai aceitar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.
“Nós nunca vamos desistir, nunca vamos admitir”, declarou Trump aos apoiadores no Ellipse, parque perto da Casa Branca. “Nós vamos parar com o roubo [das eleições]”, insistiu momentos antes da sessão no Congresso americano que deve certificar a vitória do democrata.
Trump alega que houve fraude na votação. No discurso, ele sustentou que venceu “por muito” as eleições presidenciais e que a margem “sequer foi pequena”. Porém, com os números das urnas certificados pelos Estados, Biden venceu no Colégio Eleitoral por 306 votos a 232 – ou seja, o republicano teria que virar o jogo em mais de um Estado-chave para reverter a derrota.
Além disso, Trump voltou a pressionar o vice-presidente Mike Pence, que preside a sessão no Congresso, para que não certifique a vitória de Biden – ação que não encontra fundamento constitucional. “Espero que Mike faça a coisa certa. Se ele fizer, venceremos a eleição”, insistiu Trump.
O presidente americano também pediu que o Congresso aprove mudanças nas regras eleitorais — nos EUA, cada Estado tem suas próprias normas. A reforma desejada por Trump incluiria a exigência da apresentação de cédulas de identidade e o fim das caixas de correio por onde os votos são depositados na votação antecipada.
Um de seus filhos, Eric Trump, falou para os milhares de apoiadores do pai: “Há alguém aqui que realmente pensa que Joe Biden ganhou esta eleição?”.
Congresso
O Congresso dos Estados Unidos começou, na tarde desta quarta-feira, a contagem e certificação dos votos do Colégio Eleitoral. Esse é o último passo para confirmar os resultados das eleições presidenciais de 3 de novembro.
O Colégio Eleitoral se reuniu em 14 de dezembro e escolheu formalmente Biden como o próximo presidente, com 306 votos contra 232 para seu adversário, que tentava a reeleição. Ao Congresso, cabe chancelar o resultado.