Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2016
Após denúncia anônima e duas semanas de investigação, a Polícia Civil encontrou 35 pés de maconha em duas estufas dentro de um apartamento de menos de 40 metros quadrados, na Rua General Jardim, no centro de São Paulo. O morador do local, Marcelo Luis Micheli, 40 anos, foi preso em flagrante por suspeita de tráfico de drogas. A polícia informou que investiga se o homem usava a CCPC General Club, uma casa de reggae da qual ele é apontado como proprietário, para traficar. O local fica na mesma rua do prédio onde as plantas de maconha foram localizadas.
Uso “espiritual”.
O advogado do suspeito, Marcelo Feller, negou o crime de tráfico e informou que seu cliente já foi solto por decisão da Justiça, para responder ao inquérito em liberdade. A polícia não confirmou essa informação. O advogado alegou que Micheli é usuário e que o cultivo da erva era para consumo próprio devido à religião que ele segue: a rastafari. “Apesar de Marcelo ter negado que usasse a planta para traficar maconha, ele mesmo disse à investigação que pessoas usavam maconha em seu bar de reggae. Isso é um indício de tráfico de droga”, afirmou o delegado Amadeu Ricardo dos Santos, que conduz o caso. Segundo a página da casa de reggae na internet, a CCPC existe desde 2007 para “receber artistas e clientes para encontros de boas energias e paz em busca de equilíbrio através da expressão musical e artística”.
Erva será incinerada.
O material foi levado ao Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica. “Posteriormente a maconha vai ser destruída, incinerada. Somando tudo, deu quase 5 quilos de maconha”, disse o delegado. A polícia também investiga se a as plantas de maconha encontradas na residência seriam utilizadas para a fabricação de skunk, uma versão potencializada da erva, conhecida como supermaconha. Ela tem concentração maior de THC (tetrahidrocannabinol), a substância ativa com poder narcótico presente na planta. Ainda segundo o delegado, essa foi a segunda passagem do dono do bar do reggae pela polícia. “A primeira foi há muitos anos, por porte de entorpecentes, quando ele foi enquadrado como usuário e liberado.” (AG)