O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira (02) que as primeiras doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 chegarão ao Brasil em janeiro e fevereiro de 2021.
Ele ressaltou, em audiência pública na comissão do Congresso Nacional que acompanha as ações do governo relacionadas à crise do coronavírus, que o Executivo já liberou recursos para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que tem acordo com a farmacêutica para receber os insumos farmacêuticos e produzir o imunizante no Brasil.
“Então, eu ressalto, para deixar claro, que, em janeiro e fevereiro, já começam a chegar 15 milhões de doses dessa Encomenda Tecnológica da AstraZeneca/Oxford com a Fiocruz”, disse Pazuello a parlamentares.
“E, no primeiro semestre, chegamos a 100 milhões de doses. No segundo semestre, já com a tecnologia transferida, pronta, nós poderemos produzir com a Fiocruz até 160 milhões de doses a mais. Só aí são 260 milhões de doses”, explicou.
O ministro lembrou que o contrato de Encomenda Tecnológica celebrado com a AstraZeneca “em um esforço de pesquisa e desenvolvimento com escalonamento da produção” irá permitir a disponibilização de 100 milhões de doses da vacina para o Brasil, além da transferência total de tecnologia.
Validade testes
Questionado sobre os testes RT-qPCR para o diagnóstico da Covid-19 estocados no aeroporto de Guarulhos (SP), com validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021, o ministro esclareceu que a validade de itens que compõem esses kits vão além desse prazo e podem chegar ao final de 2023.
“Sobre a caixa do kit, quando chegou, à época foi feito um registro inicial com a Anvisa e a empresa, dando uma validade pequena de oito meses, emergencial, para iniciar o uso. Essa validade inicial seria e será renovada, porque todos os componentes dos testes, como foi apresentado na comissão externa da Câmara, têm a validade muito mais estendida. Nós sempre soubemos disso. Isso não é uma novidade”, explicou Pazuello, acrescentando que o processo de revalidação já começou há muito tempo e que as discussões com a empresa e com a Anvisa são anteriores, não são de agora.
O Ministério da Saúde nega que sejam 6,68 milhões de testes estocados como divulgado pela imprensa. Segundo a pasta, 2,8 milhões de testes terão o período de validade estendido.