Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de abril de 2025
Homem mais rico do mundo, Elon Musk usou as redes sociais para criticar o jornal Wall Street Journal (WSJ), que publicou uma reportagem para detalhar o que chamou de “tática” do dono da Tesla, do X e da SpaceX para administrar uma “legião” de filhos, nascidos de várias mulheres. As fontes ouvidas pelo diário preferiram manter a identidade em sigilo, à exceção da influenciadora Ashley St. Clair, que anunciou em fevereiro ter dado à luz o 13º filho do bilionário, o pequeno Romulus.
“As táticas que Elon Musk usa para gerenciar sua ‘legião’ de bebês — e suas mães”, diz o título da reportagem, que sugere uma iniciativa do bilionário de construir uma prole excepcionalmente grande para auxiliar no aumento da taxa de natalidade do mundo. Pelo X, Musk comparou o WSJ a um conhecido site especializado na cobertura de celebridades. “TMZ >> WSJ”, destacou ele.
Musk teria proposto usar barrigas de aluguel para gerar mais filhos rapidamente com Ashley e enviado a ela uma mensagem de texto com “Quero te engravidar de novo”, em resposta a uma selfie que ela lhe enviou em novembro. O dono da Tesla também teria sugerido à influenciadora digital Tiffany Fong, em mensagem direta no X, ter filhos com ela, embora os dois sequer se conhecessem, destacaram fontes ao WSJ. Ele desistiu ao saber que Tiffany comentou sobre a oferta com outras pessoas. As fontes ressaltaram que o número de filhos de Musk é “muito maior do que o público sabe”.
“Cala a boca” e mesada
Parte principal das informações descritas na reportagem do WSJ partiu de Ashley St. Clair, que decidiu revelar detalhes do suposto acordo (agora rompido) com Musk. Ela afirmou que o magnata ofereceu a ela US$ 15 milhões (o equivalente a R$ 88 milhões, na cotação atual) para que mantivesse em segredo a paternidade. Além disso, ela receberia uma mesada de US$ 100 mil (R$ 588 mil). (A quantia foi reduzida quando ela anunciou o nascimento do bebê e quando a equipe do magnata descobriu que seria publicado um artigo no jornal americano, segundo Ashley.)
A influenciadora disse ter “quase” concordado e até retirado o nome de Musk da certidão de nascimento. Voltou atrás, porém, ainda segundo ela, depois de o principal assessor de Musk, Jared Birchall, tentar fazê-la assinar um acordo legal que previa “segredo permanente” sobre quem era o pai da criança. Ashley explicou que recusou o dinheiro e o acerto pela “natureza unilateral” da proposta, já que o bilionário poderia falar dela sem que pudesse responder.
Ashley afirmou ao Wall Street Journal que várias outras mulheres que tiveram filhos com Musk receberam a mesma oferta. A própria influenciadora se referiu ao esquema como um “harém” do bilionário, que no momento viveria um “drama” a partir da exposição de sua história.
Ashley ainda disse que o magnata tentou convencê-la a se mudar para um condomínio em Austin, no Texas, onde morariam outras mulheres e a “legião” de filhos do dono da Tesla.
Segundo Ashley, Shivon Zilis, executiva da Neuralink e atual companheira de Musk, vive nesse condomínio e serve como “força estabilizadora” de um ambiente descrito por ela como um “culto”. O bilionário “entra e sai” quando quer do local e recebe tratamento especial quando lá está, disse ela.
Ashley já entrou com duas petições para que Musk seja publicamente identificado como pai de seu filho. O New York Post afirma que, entre as evidências anexadas, está uma foto do magnata com um bebê e mensagens de flerte entre os dois. Ela requereu à Justiça a guarda exclusiva da criança.