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Brasil Duas entidades de caminhoneiros se recusaram a assinar a proposta do governo federal para encerrar a greve da categoria

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Alguns líderes do movimento ainda consideram insuficientes os temos do acordo. (Foto: Agência Brasil)

Duas das principais entidades de caminhoneiros do País não aceitaram assinar o conjunto de propostas que o governo federal apresentou nessa quinta-feira, por meio do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), para encerrar a paralisação nacional iniciada na última segunda-feira pela categoria.

A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros, que responde por mais de 1 milhão de trabalhadores e organizou a greve contra a alta do combustível) e a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) não aceitaram os termos do acordo, que consiste em eliminar a a cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) em 2018 e manter o mesmo preço do diesel nos próximos 30 dias, período em que o acerto será reexaminado.

Além da Unicam e da Abcam, não assinaram o acordo entidades como o Sinditac-RS (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí), a NTC & Logística (Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas) e a Transporte Forte Digital.

Embora tenha manifestado otimismo em relação ao fim das paralisações, que incluem bloqueio de estradas e ocupação de rodovias por um grande número de carretas, o titular da pasta demonstrou descontentamento quanto à postura do presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, que mais cedo abandonou irritadamente a reunião na Casa Civil.

“Ele saiu com raiva da Casa Civil”, lamentou Padilha, acrescentando que a CNT (Confederação Nacional do Transporte) assinou o documento em nome da Abcam, por uma questão de hierarquia entre as entidades, o que é contestado por líderes de caminhoneiros. “Nós o conhecemos, sabemos do que se trata”, frisou.

O dirigente da Abcam não aceitou o pedido de trégua oferecido pelo governo e avisou que o movimento só começará a negociar quando o projeto que elimina a incidência de PIS/Cofins sobre o diesel, aprovado às pressas pela Câmara dos Deputados (na quarta-feira), seja também aprovado pelos senadores e publicado como lei no Diário Oficial da União.

Mas o próprio presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), já disse que não há acordo para a votação da matéria, que chegou a ser anunciada para esta sexta-feira), o que promete jogar ainda mais lenha na fogueira. Na quarta-feira, o próprio presidente da Unicam, José Araújo Silva, disse que a categoria não aceitaria medidas do governo ou do Congresso que não fossem a redução do preço do diesel na bomba.

“Além disso, 30 dias de estabilidade de preços não resolvem, mas pelo menos 180 dias”, sublinhou. “Essa votação de projetos não adianta. O que nós queremos é que, a cada seis meses, não aumente o óleo diesel. Daqui para a frente, não vamos abrir mão. Tem que mudar. Eles viram que, com o País parado, não é brincadeira.”

Quem assinou

Entidades menos representativas assinaram o acordo proposto pelo governo, além daquelas que representam grupos patronais. Além da CNT (Confederação Nacional do Transporte), constam na lista apresentada por Eliseu Padilha a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), a Fetrabens (Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas de São Paulo), e a Fetramig (Federação dos Transportes Autônomos de Cargas de Minas Gerais).

Completam o grupo o Sindicam-DF (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Distrito Federal), a Fecone (Federação Interestadual dos Transportes Rodoviários Autônomos de Cargas e Bens da Região Nordeste), a Fetac-ES (Federação dos Transportadores Autônomos de Cargas do Espírito Santo) e o Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros).

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