Se cunhado não é parente, “super-concunhado” pode ser. É como se explica no governo a indicação de Daniel Maia para ser diretor da ANP, agência reguladora de petróleo. Ele é concunhado do advogado Tiago Cedraz, figura notória e alvo de operações da Polícia Federal. Servidor do Tribunal de Contas da União (TCU), o concunhado também obteve cargo relevante no TCU por seu “super-quase parentesco”. Ele é casado com Virgínia, irmã da esposa do Tiago Cedraz, o filho mandão.
Antigo protegido
Em 2015, o concunhado ganhou do presidente do TCU Aroldo Cedraz, pai de Tiago, a secretaria responsável pela área de Energia da corte.
Aos 45 do 2º tempo
O escolhido do ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) era outro, mas Daniel Maia ganhou na Casa Civil a indicação à ANP.
Agora vai
A definição do super-concunhado para a ANP fez um destacado ministro do TCU ironizar: “agora Aroldo Cedraz destrava a Eletrobrás”.
Faca e o queijo
O TCU já aprovou outorga a ser pega pelos futuros controladores ao governo, mas o relator Cedraz ainda terá de definir os termos da venda.
Criação de empregos na pandemia superou era Dilma
O ex-presidiário Lula não quer nem ouvir falar na ex-presidente Dilma em sua campanha, porque esse é o sonho dos adversários. Principalmente Jair Bolsonaro, que poderá comparar dados como criação de empregos. De 2011 a abril de 2016, antes do impeachment, o governo Dilma criou 2,8 milhões de novas vagas com carteira assinada. Desde 2019, apesar dos 2 anos de pandemia, o Brasil criou 3,2 milhões de novos empregos.
Sars-Dilma-2
Nos 12 meses antes do afastamento, o governo Dilma registrou perda de 1,82 milhão de postos de trabalho, dez vezes mais que em 2020.
Desempenho fraco
Ao longo dos 64 meses no comando do Planalto, o governo da petista Dilma Rousseff teve média de 44,3 mil empregos gerados por mês.
Quase o dobro
No caso de Bolsonaro, os dados do Caged vão até janeiro deste ano e em 37 meses, a média mensal é de 86 mil vagas formais criadas.
País rico é assim
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) detalhou o custo da volta do horário eleitoral “gratuito”. “Mais R$500 milhões do povo brasileiro”, disse ao lembrar que já pagamos fundão eleitoral de R$ 5 bilhões.
Novo, mas nem tanto
Candidato do PT à sucessão de Rui Costa na Bahia, Jerônimo Rodrigues foi coordenador de campanha da reeleição de Costa, em 2018. E era citado desde 2019 como o preferido do atual governador à sucessão.
Cenário nacional
A retirada das candidaturas de Jaques Wagner ao governo da Bahia, e de Rui Costa, ao Senado, pode revelar a intenção do PT na Bahia: apoiar ACM Neto (UB) tacitamente, em troca de apoio a Lula no segundo turno.
Pedala Pacheco
O presidente roda-presa Rodrigo Pacheco (PSD-MG) resolveu inovar e desobrigou uso de máscaras nas dependências do Senado. Virou alvo de piadas porque ainda não determinou a volta ao trabalho presencial.
Tragédia humana
Virou piada na internet artigo da revista The Atlantic, publicação favorita das elites norte-americanas, denunciando “desastre climático” que um ataque nuclear pode causar. Perdas humanas seriam efeitos colaterais.
Campanha máquina do tempo
O ex-presidiário e ex-presidente Lula tem espalhado lista com o que se comprava com R$200 em 2010 e hoje. Omite propositalmente que o valor equivalia a 40% do salário mínimo da época e só 16,5% do atual.
Sem humanidade
Segundo dados do governo do Reino Unido, até a semana passada menos de mil vistos humanitários foram distribuídos para refugiados da guerra na Ucrânia, enquanto mais de 22 mil pedidos foram registrados.
Cara a cara
O teletrabalho não deve durar muito tempo no mundo dos negócios. Segundo a assessoria onfly, o mercado de viagens corporativas deve atingir US$ 2 trilhões até 2028, o triplo de 2020, no auge da pandemia.
Pensando bem…
… no Dia do Consumidor, quem deveria pedir o dinheiro de volta era o pagador de impostos.
PODER SEM PUDOR
Ministro no jantar
ACM sempre viveu às turras com alguém. Era ministro do governo José Sarney e, claro, brigava com outros ministros. Um deles era o da Previdência, Renato Archer. Carta vez os dois se encontraram na antessala do presidente, no Planalto, e ACM puxou conversa: “Esta coisa de vida pública é difícil. Ainda outro dia tive que desmentir um jornal que publicou, imagine, que eu teria dito que naquele dia você não jantaria ministro. Imagine que eu ia dizer uma coisa desta!” Sempre calmo, Archer apenas sorriu e ironizou: “Não se preocupe. Em qualquer hipótese eu não deixaria de jantar”.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos