Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de março de 2023
Os bancos de fomento do Rio Grande do Sul devem anunciar, em breve, uma nova linha de crédito para estimular investimentos em novas tecnologias no setor do agronegócio. A informação foi antecipada nesta quarta-feira (8) pelo governador Eduardo Leite durante a primeira reunião-almoço “Tá na Mesa” de 2023, realizada na sede da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), em Porto Alegre.
Em sua palestra, o chefe do Executivo estadual reiterou ainda o compromisso de criação de uma agência de desenvolvimento para atrair novos negócios. “Esse será o carro-chefe da nossa política de reestruturação, com pessoas qualificadas e que possam ajudar a atrair empreendimentos”, declarou, acrescentando que atualmente está observando como a iniciativa funciona em outros países.
Antes de subir ao púlpito, ele concedeu entrevista a repórteres, o governador admitiu que há estudos em andamento sobre possível pedágio na rodovia estadual RS-118. A ideia não é instalar cancelas, mas adotar sistema que identifica o veículo por meio da leitura da placa ou outro dispositivo e prevê pagamento proporcional ao trajeto percorrido. “Ainda não temos uma decisão tomada nesse sentido, tudo está sendo avaliado e precisa ser discutido com a comunidade”, ressaltou.
Balanço
Leite fez, ainda, um balanço da sua primeira gestão à frente do Palácio Piratini (2019-2022), desafios, reformas e resultados. Os citados incluíram o equilíbrio fiscal e o superávit de R$ 3,3 bilhões no ano passado – o maior desde 1994. “As contas equilibradas não são um fim em si mesmo, mas um meio de melhorar a vida das pessoas”, declarou.
Outro ponto abordado foi a retomada dos investimentos. Segundo ele, ao longo de 2022 foram aplicados R$ 62,6 bilhões em quase 300 iniciativas públicas e privadas, o maior volume de aportes realizados ou anunciados pelo Palácio Piratini nos últimos cinco anos.
Já no que se refere às dificuldades, o governador voltou a alertar que a crise fiscal do Rio Grande do Sul continua profunda, especialmente por causa da queda na receita corrente líquida (R$ 53,8 bilhões para R$ 50,6 bilhões no ano passado: “É necessário que o Poder Executivo continue empenhado na compensação e recomposição de receitas, bem como no esforço pelo controle de despesas”.
Por fim, Leite enalteceu a busca pela redução da burocracia e pela potencialização da competitividade do Estado: “Temos um conselho que conta com a participação de diversas entidades e nos ajuda a rever normas e processos. Estamos avançando também na parte tributária, trabalhando para o lançamento de novas plataformas capazes de reduzir processos dos contribuintes”.
Protagonismo feminino
A edição do “Tá na Mesa” foi também a primeira sob condução do atual presidente da Federasul, Rodrigo de Sousa Costa. “Neste momento de polarização, a entidade está disposta a contribuir para um bom debate”, ressaltou.
Ele aproveitou para fazer uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado anualmente em 8 de março: “Cerca de 30% da diretoria da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul é exercida por mulheres. A presença feminina enriquece o ambiente através da troca de experiências”.
Em seguida, Sousa Costa acompanhou a cerimônia de posse das 48 integrantes do Conselho Estadual da Mulher Empreendedora. O colegiado é presidido por Simone Leite (que comandou a Federasul no período de 2016 a 2020) e tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de outras mulheres, por meio do associativismo.
(Marcello Campos)
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