Sábado, 04 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2020
A pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, reinventaram o comportamento dos brasileiros em relação ao trabalho e ao consumo de produtos e serviços. As vendas em plataformas digitais podem, pela praticidade e segurança, ser uma prática tentadora às famílias que estão em casa. Afinal, para muitos, basta um celular na mão para que o desejo de consumir venha à tona.
A Pesquisa Panorama do Comércio Móvel no Brasil, produzida pelo site Mobile Time em parceria com a Opinion Box, mostra que 85% dos brasileiros que possuem smartphones fazem compras utilizando o dispositivo. Contudo, é com esta facilidade de consumo e diante de um cenário de isolamento social que pode surgir o alerta: como evitar a compra impulsiva neste período, considerando também que 61% dos consumidores online afirmaram ter aumentado o volume de compras durante a quarentena, de acordo com o estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Destes, 79% compraram comida ou bebida por delivery e afirmam ter aumentado em 50% o número de pedidos.
O docente do curso de Ciências Contábeis da Anhanguera de Porto Alegre, Rafael Stefani, afirma que o chamado “Efeito Coronavírus” tem sido uma realidade que afeta os dois lados, empresas e consumidores. “De um lado está o consumidor, que enxerga a compra online como forma de adquirir bens e serviços de forma segura em casa, e do outro, as empresas que empregam estratégias de sobrevivência em meio à pandemia, buscando facilitar as vendas por meio de aplicativos, redes sociais e demais formas de e-commerce”, analisa. “Considerando que a prática de consumo também é comportamental, o medo de faltar tem sido um gatilho e as pessoas devem se atentar para não consumir de forma impulsiva”, complementa.
Para evitar que os consumidores se percam em meio às facilidades apresentadas na internet, o docente do curso de Ciências Contábeis da Anhanguera de Porto Alegre compartilha algumas orientações importantes:
• Revisite suas planilhas de orçamento e gastos mensais, como forma de reconhecer os custos e de priorizar o consumo necessário; é muito importante lembrar que as contas continuam lá, mesmo diante de um cenário diferente do que você está acostumado;
• Evite ficar olhando aplicativos de compra para passar o tempo, isto acende o desejo de consumo;
• Se for realizar pesquisas na internet, entre preferencialmente com a aba anônima ou sem realizar o login em algum e-mail, pois normalmente as páginas já contam com suas preferências arquivadas, podendo direcioná-lo para anúncios;
• Busque seguir seu planejamento financeiro para o mês, mesmo que as lojas apresentem promoções atraentes; avalie sempre se a compra é realmente necessária ou apenas um desejo momentâneo;
• Use o aplicativo do seu banco para identificar quais são suas maiores despesas e se estão de acordo com suas entradas. A maiorias dos aplicativos já contam com esses recursos;
• Lembre-se que, em tempos de crise, poupar é sempre a melhor saída. Você pode usar a estratégia dos três potes, que consiste em despesas em 3 potes: um para o que você considera “essencial” e que deve comprometer até 50% do seu orçamento; o segundo para a “diversão”, que deve comprometer até 30% do seu orçamento e o terceiro, o pote “investimento”, em que obrigatoriamente você deve destinar 20% do seu orçamento para o seu futuro.