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Saúde E. coli: saiba o que é a bactéria ligada a hambúrgueres do McDonald’s em surto que já causou uma morte nos Estados Unidos

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Duas pessoas também desenvolveram uma condição grave que pode causar insuficiência renal. (Foto: Divulgação)

Segundo a última atualização da Food and Drug Administration (FDA), agência dos Estados Unidos semelhante à Anvisa no Brasil, o surto da bactéria E. coli ligado a hambúrgueres “Quarterão” do McDonald’s já deixa 75 doentes além de uma morte no país norte-americano.

“Os investigadores estão trabalhando para determinar se as cebolas cortadas ou os hambúrgueres de carne bovina do “Quarterão” são a provável fonte de contaminação. O McDonald’s parou temporariamente de usar as cebolas cortadas e os hambúrgueres de carne bovina do “Quarterão” nos estados afetados”, diz a autarquia, em nota.

A FDA diz ainda que, até o dia 24, 75 pessoas foram infectadas em 13 estados. Entre elas, 22 foram hospitalizadas e duas desenvolveram síndrome urêmica hemolítica, que, segundo a agência, é uma condição grave que pode causar insuficiência renal. Além disso, foi registrada uma morte de um adulto idoso no Colorado.

Segundo informações do Ministério da Saúde, a bactéria Escherichia coli (E.coli) é encontrada naturalmente no intestino de humanos e animais, já que a maioria das suas cepas são inofensivas. No entanto, algumas linhagens podem causar graves doenças e são transmitidas geralmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados.

“Ao contrário de muitas outras bactérias causadoras de doenças, a E. coli pode causar uma infecção mesmo se você ingerir apenas pequenas quantidades. Por esse motivo, você pode ficar doente com a E. coli ao comer um hambúrguer levemente mal cozido ou ao engolir um bocado de água de piscina contaminada”, diz a Mayo Clinic, dos Estados Unidos. A bactéria foi a causa, por exemplo, de uma triatleta belga contaminada após nadar no rio Sena durante a Olimpíada de Paris neste ano.

A Mayo Clinic explica que “as fezes humanas e animais podem poluir as águas subterrâneas e superficiais, incluindo córregos, rios, lagos e água usada para irrigar plantações”. “Algumas pessoas também foram infectadas com E. coli depois de nadar em piscinas ou lagos contaminados com fezes”, continua.

Uma das cepas que provoca casos graves é a E. coli enterohemorrágica (EHEC), que produz toxinas que causam cólicas abdominais severas e forte diarreia, inclusive com presença de sangue. Vômitos e febre também podem ocorrer, e o período entre a transmissão do microrganismo e o início dos sintomas pode variar de três a oito dias. A maioria dos pacientes, porém, tem uma boa recuperação em até dez dias.

Crianças e idosos e pessoas imunossuprimidas são mais suscetíveis a desenvolverem um quadro grave da doença. “Para reduzir a chance de ser exposto à E. coli, evite ingerir água de lagos ou piscinas, lave as mãos com frequência, evite alimentos de risco e fique atento à contaminação cruzada”, recomenda a Mayo Clinic.

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