Seguido nos deparamos com frases em que um problema ou situação é atribuído sempre a determinado grupo de pessoas.
Diante disso, colocamos a culpa nos políticos, empresários, crentes religiosos, como se esses grupos fossem os que causaram tal problema.
Recentemente, assistimos às manifestações na cidade americana de Charlottesville, em que os problemas, segundo alguns manifestantes, eram culpa de vários grupos distintos, e afirmavam que o homem branco era a solução. O que quer dizer isso, homens brancos não erram? Não cometem crimes? Somente eles são bons?
Qual é o erro de atrelarmos problemas diversos a grupos variados? Quando fazemos isso, não discutimos a motivação, mas, sim, mascaramos e tentamos encontrar culpados para as dificuldades ou problemas de determinada cidade ou país. É sabido que apontar grupos seria o mesmo que não culpar ninguém.
No Brasil os discursos da maioria da população vêm carregados de culpa relacionada aos políticos, assim como outra parte da população culpa os empresários, e por aí seguimos na busca de encontrar grupos culpados, distanciando-nos do foco para achar soluções.
Ayn Rand dizia que “a menor minoria é o indivíduo”, e este, sim, deve ser responsabilizado por seus atos.
Dito isso, devemos ter em mente que a culpa do problema ou mérito da solução vem do indivíduo, e não de grupos escolhidos por alguns para serem as próximas vítimas. Faz sentido se eu disser que os empresários que fazem errado provavelmente fariam o mesmo se fossem políticos, assim como esses políticos fariam errado se fossem empresários? Estamos falando da pessoa que fez algo antiético, e não do coletivo.
Não podemos repetir discursos prontos que colocam grupos contra os outros. As soluções e problemas passarão não por eles, mas por pessoas comprometidas com as mudanças. A prosperidade virá somente quando houver mais liberdade para o indivíduo poder tomar suas decisões e ser responsável por elas.
*Fabio Steren
Consultor em segurança, empresário e associado do IEE