Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2024
É falso que o Brasil é o único país que exige a vacinação de covid para crianças e adolescentes. A mensagem falsa de postagem que circula nas redes sociais diz: “Alguém consegue me responder por que o Brasil é o único país do mundo a exigir vacina de covid para bebês e crianças?”
A alegação não é verdadeira. Além do Brasil, diversos outros países vacinam crianças e adolescentes contra a covid. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência nacional de saúde pública, recomenda a imunização contra covid para todas as pessoas acima dos seis meses.
O Canadá e a Alemanha também são países que iniciaram a proteção de crianças contra a doença a partir dos seis meses. A União Europeia igualmente recomenda a vacinação de crianças e adolescentes.
Não é a primeira vez que a vacinação de covid para esse público é alvo de desinformação. Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde publicou uma nota alertando que “é falsa a informação de que o Brasil é o único país que vacina crianças contra a covid-19”.
Segundo a pasta, a intenção por trás dessas fake news é desencorajar as famílias a vacinar as crianças contra a doença, alegando que os efeitos colaterais do imunizante são fatais.
Na verdade, a vacinação reduz os casos graves – como hospitalizações, sequelas e mortes – e ameniza a propagação do vírus na população em geral.
Segurança
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizam monitoramento rigoroso da segurança das vacinas usadas em todo o país, por meio do Sistema Nacional de Vigilância.
Segundo o Ministério da Saúde, a Anvisa autorizou o uso da vacina Pfizer-BioNTech para crianças de seis meses de idade a 4 anos com base na revisão de dados de segurança e eficácia do estudo que avaliou o desenvolvimento do imunizante.
O grupo prioritário para vacinação contra a covid é formado por idosos, adultos com comorbidades (como diabete e doenças cardíacas), pessoas com condições de imunocomprometimento (como receptores de transplante), incluindo crianças de 6 meses ou mais, e grávidas.
No grupo de baixa prioridade, estão crianças e adolescentes saudáveis. Mesmo assim, as doses primárias e de reforço são seguras e eficazes nesse público-alvo.
A vacinação das crianças também é obrigatória no Brasil, de acordo com o artigo 14º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o artigo 227 da Constituição Federal. Um dos critérios para participar do Bolsa Família, por exemplo, é apresentar o comprovante de imunização.