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Política É fake que o Tribunal Superior Eleitoral destrói urnas eletrônicas para ocultar dados eleitorais

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Essa não é a primeira vez que descarte ocorre; procedimento está previsto no "ciclo de vida" dos equipamentos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Circula nas redes sociais um vídeo em que uma mulher sugere que o descarte de 195 mil urnas eleitorais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha objetivo de esconder fraudes. A informação é falsa.

A Justiça Eleitoral enviou para descarte ecológico 195.227 urnas eletrônicas modelo UE 2009  – mas nenhuma delas continha dados armazenados.

Mas o contrato de descarte das urnas foi publicado no Diário Oficial em novembro de 2023. Isso ocorreu bem antes de declarações feitas em fevereiro de 2025 pelo ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA Mike Benz, que fomentou ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com base em desinformação, ele disse que “se a Usaid [Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional] não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta”.

O descarte é parte do ciclo de vida da urna eletrônica – e essa não é a primeira vez que isso ocorre:

* Em setembro de 2010 foram descartadas mais de 84 mil urnas do modelo fabricado em 1998;

* em 2012, foram eliminadas aproximadamente 2,8 mil toneladas de material eletrônico das urnas dos modelos 2000 e 2002.

Desde 2008, o TSE recicla o material apenas das urnas cuja vida útil tenha se exaurido. O objetivo dessa reciclagem é garantir a integridade e a segurança das urnas eletrônicas.

As 195.227 sem condições de utilização, fabricadas em 2009, vêm passando por esse processo desde 2024.

Após o encerramento de cada eleição, todas as informações das urnas são transmitidas para a totalização em uma mídia eletrônica independente.
Portanto, não há qualquer risco de perda de dados no processo de descarte ecológico dos equipamentos. Esse procedimento segue à risca a legislação.
O tempo de vida médio de uma urna eletrônica é de dez anos ou cerca de seis eleições.

Ao final desse prazo, faz-se o descarte cumprindo protocolos de segurança e sustentabilidade. O trabalho é realizado por empresas contratadas por licitação pública, e o processo é supervisionado por servidores da Justiça Eleitoral. (Portal G1)

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