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Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2020
O mundo está em alerta com o avanço do novo coronavírus, que surgiu em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. A epidemia atual foi batizada pela Organização Mundial da Saúde como Covid-19. Abaixo, confira perguntas e respostas sobre sintomas, transmissão, cuidados e possível cura.
1. O que é o coronavírus?
Coronavírus é o nome de uma família de vírus que têm formato de coroa. Eles causam infecções respiratórias e já provocaram outras doenças, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).
A doença causada pelo novo coronavírus recebeu o nome de Covid-19. Ele foi descoberto no final de dezembro de 2019, na China. A primeira morte foi registrada em 9 de janeiro.
2. Como é a transmissão?
Por meio de três formas:
Por vias respiratórias, como pelo ar e por gotículas provenientes de espirros e da fala de indivíduos infectados;
Por contato físico, como beijos e abraços;
Por meio do contato de superfícies contaminadas, como segurar em corrimão.
3. Quais são os sintomas da doença?
Tosse seca, febre e cansaço são os principais sintomas, mas alguns pacientes também podem sentir dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação na garganta ou diarreia.
Nos casos mais graves, que geralmente ocorre em pessoas que já tenham outras doenças associadas, há síndrome respiratória aguda e insuficiência renal.
4. Como se prevenir contra coronavírus?
Higienizar as mãos e superfícies, como móveis e corrimão, são as principais formas de se prevenir contra o novo coronavírus. Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Além disso, é preciso limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado.
Já o uso de máscaras é mais recomendado para quem estiver em contato com alguém com sintoma gripal ou para quem for viajar para áreas de risco de contaminação pelo vírus. Vale lembrar que as máscaras descartáveis devem ser trocadas a cada duas horas.
O Ministério da Saúde alerta também para que não seja feito o compartilhamento de itens pessoais, como talheres e toalhas. Também é recomendável manter a uma distância mínima de um metro de pessoas que estejam espirrando ou tossindo.
5. É possível se contaminar por meio de aperto de mãos ou com beijos?
Sim. Por isso, segundo os infectologistas, é hora de rever alguns hábitos sociais, como cumprimentar com beijos no rosto ou com um aperto de mãos.
“O costume latino-americano de abraçar, beijar, manter contato mais próximo pode vir a ser um risco maior para essas culturas”, disse Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “É recomendável evitar esse tipo de contato físico.”
6. Como lavar as mãos corretamente?
As mãos devem ser lavadas com água e sabão, ou higienizadas com álcool. A recomendação é que a higiene seja completa, inclua a parte inferior da ponta das unhas e alcance também a região do pulso.
7. Como é feito o tratamento?
Não existe tratamento específico contra o Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Os pacientes infectados recebem tratamento para aliviar os sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento indicado é repouso e consumo de bastante água. As medidas adotadas para aliviar os sintomas são:
Medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos).
Umidificador no quarto ou banho quente para aliviar a dor de garanta e tosse.
10. Há vacina contra o coronavírus?
Ainda não, mas vários países, como Rússia, China e Estados Unidos, já pesquisam uma vacina contra coronavírus. A expectativa da comunidade científica é que os primeiros testes comecem nos próximos dois meses.
11. Vitamina D protege contra coronavírus?
Segundo o Ministério da Saúde, não. Até o momento, não há nenhum medicamento específico para prevenir a infecção pelo novo coronavírus.
12. Qual a taxa de mortalidade do coronavírus?
Ainda não há um percentual oficial de mortalidade da Covid-19, causada pelo coronavírus, segundo Nancy Bellei, infectologista, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Embora ainda não exista um percentual oficial, até a última atualização desta reportagem a taxa de mortalidade era de 2% dos casos confirmados na China, primeiro país a registrar casos da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já fora da China, a taxa registrada foi de 0,7%.
“A gente ainda não conhece a pirâmide epidemiológica do vírus. Por exemplo, quantas são as pessoas assintomáticas que transmitem a doença, quantos têm o sintoma mas não vão para o hospital, quantos vão para o hospital e internam e, das que internam, quantas vão para a UTI. Ao fim, provavelmente não será nem 2% nem 0,7%”, disse a infectologista.