Um asteroide colidindo com o nosso planeta talvez seja coisa de ficção científica. Muitos livros e filmes já relataram essa possibilidade, como, por exemplo, “Impacto Profundo” e “Armagedom”, ambos do ano de 1998. Porém, isso também é um fato científico.
Há crateras óbvias na Terra (e na Lua) que apontam para uma longa história de grandes objetos batendo no planeta. O mais famoso asteroide de todos os tempos talvez seja o de 65 milhões de anos atrás, que impactou o planeta na região da Península de Yucatán, jogando poeira e umidade na atmosfera, bloqueando a luz, aumentando as temperaturas e causando a extinção dos dinossauros.
Mas, e se um asteroide bater na Terra nos dias de hoje? Qualquer corpo celeste que caia na superfície provocaria a liberação de uma grande quantidade de energia. Aqui está um exemplo típico: em 2028, o objeto 1997XF11 irá passar extremamente perto do planeta, mas irá “errá-lo”. Se algo fizesse-o mudar de órbita e ele batesse no planeta, teríamos um corpo de 1,6 quilômetro de largura a 48 mil quilômetros por hora na nossa superfície. Um asteroide dessa dimensão viajando a essa velocidade tem uma energia de impacto de uma bomba de 1 milhão de megatons (um megaton equivale a 1 milhão de toneladas de TNT). E é muito provável que um episódio como esse provoque a extinção da maioria da vida do nosso planeta.
Danos catastróficos.
É difícil de imaginar 1 milhão de megatons, então tentemos imaginar impactos de menores dimensões. Digamos que um asteroide do tamanho de uma casa atingisse a Terra a 48 mil quilômetros por hora. Ele teria uma energia de impacto igual à bomba que caiu em Hiroshima (Japão). Um objeto como esse iria criar uma cratera enorme. Em outras palavras, causar um dano extensivo a qualquer cidade.
Ao pegar um asteroide de 1,6 quilômetro, você está trabalhando com um impacto 10 milhões de vezes maior que o da bomba de Hiroshima. Ele seria capaz de criar crateras na superfície terrestre entre 160 e 320 quilômetros. Em outras palavras, se um asteroide nos atingisse, provocaria danos em um raio de 1,6 mil quilômetros.
Ademais, o tanto de poeira e fumaça arremessada para a atmosfera iria bloquear a luz para quase todo o planeta, fazendo com que muitos seres vivos morressem. E caso ele atingisse o oceano, causaria ondas gigantescas de centenas de metros de altura que arrasariam qualquer proximidade das áreas costeiras.
Ainda, o impacto de um asteroide dessas dimensões poderia desviar a órbita do planeta. A única coisa que podemos fazer é torcer para isso não acontecer. (AG)