O ministro da saúde, Marcelo Castro (PMDB), voltou, na sexta-feira, a defender a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), em Teresina (PI). Durante solenidade na sede do governo do Piauí, o ministro afirmou que o tributo é um dos melhores que existem e ainda propôs a divisão compartilhada da arrecadação entre União, Estados e municípios.
“A minha participação [na recriação do imposto] é a defesa enfática na luta por mais recursos para financiar a saúde brasileira. Se o nome for o da CPMF, eu acho que é um dos melhores impostos que existem, mas se não for, que seja outro.” Ainda sobre a retomada do tributo, que é bastante contestada por segmentos da oposição ao governo no Congresso, Castro disse que a cobrança não foi criada pelo atual governo e lembrou que ela foi proposta pela primeira vez no País ainda na gestão tucana. “Quem propôs a criação da CPMF no País foi o Fernando Henrique Cardoso [ex-presidente] e depois ela caiu. Agora, a presidenta Dilma, através dos seus ministros do Planejamento e da Fazenda, propôs a volta da CPMF”, reiterou.
A recriação da CPMF é a principal medida do pacote de ajuste fiscal do governo, já que responde por metade dos 64 bilhões de reais que a equipe econômica pretende obter com os cortes de gastos e aumento de impostos.
A proposta, entretanto, enviada ao Congresso Nacional prevê alíquota de 0,2% e recursos destinados somente para a União custear a Previdência Social, ponto em que Castro discorda. Ele defende que parte da destinação também vá para a saúde.