Ícone do site Jornal O Sul

Economistas fizeram uma estimativa de que o dólar estará em 3 reais e setenta centavos no fim do ano

Projeção da moeda americana foi atualizada. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Especialistas consultados na pesquisa Focus, do BC (Banco Central), elevaram sua projeção para o dólar neste ano. Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (2), a previsão passou de R$ 3,65 para R$ 3,70. Para 2019, a expectativa continuava em R$ 3,6.

O grupo dos economistas que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, também passou a ver a Selic (taxa básica de juros) mais baixa no final de 2019, em meio a expectativas de menor crescimento econômico para o próximo ano.

Agora, o grupo calcula a Selic a 7,88% no ano que vem na mediana das projeções, sobre 8% anteriormente, mas manteve a expectativa de que a taxa terminará 2018 na atual mínima histórica de 6,5%.

A visão dos economistas como um todo não mudou, e a pesquisa aponta que eles continuam vendo a Selic a 6,5% neste ano e a 8% em 2019.

Diante das incertezas que rondam a economia brasileira, o BC decidiu não se comprometer com sinalizações sobre seus próximos passos na política monetária, mas reafirmou que ela tem foco exclusivo na inflação, seus balanços de risco e atividade econômica, segundo a ata de seu último encontro.

O Focus mostrou ainda que o cenário para a atividade econômica ficou mais pessimista para o ano que vem, com a projeção para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) reduzida a 2,5%, frente a 2,6% na pesquisa anterior. Para este ano permanece a expectativa de crescimento de 1,55%.

A estimativa de alta do IPCA em 2018 subiu 0,03 ponto percentual e foi a 4,03%, com a conta para 2019 permanecendo em 4,1%.

Investimentos corroídos

Os principais investimentos dos brasileiros perderam para a inflação no mês de junho, reflexo da taxa básica de juros em nível historicamente baixo combinada com a disparada de preços após a paralisação dos caminhoneiros.

Os bloqueios nas estradas no final de maio causaram problemas de abastecimento País e fizeram os preços subir.

O IPCA (inflação oficial do País) de junho será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no dia 6 de julho.

A expectativa de economistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg é de que o feche o mês em alta de 1,26%, o que equivale a quase toda a alta acumulada no ano, de 1,33%.

Mesmo assim, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 6,5% ao ano porque considerou que choques nos preços seriam absorvidos nos próximos meses. Na prática, a lentidão na retomada da economia impede que custos mais altos continuem a ser repassados a consumidores.

Mas a combinação de juros baixos e inflação em alta penalizou investimentos em renda fixa. Poupança, CDBs de grandes bancos, fundos simples e até títulos públicos que acompanham a taxa de juros saíram no prejuízo.

No acumulado do ano, parte desses produtos ainda conseguem garantir ganho real quando considerado o rendimento bruto, sem desconto do Imposto de Renda.

Sair da versão mobile